sexta-feira, 31 de julho de 2009

Ambiente tem nova forma de mobilizar

Lucas Frasão

São, no máximo, 140 caracteres para passar o recado. Com essa ideia simples, o Twitter cresceu 1.382% em apenas um ano, chamando a atenção de agentes importantes para o desenvolvimento sustentável. Órgãos públicos, entidades não governamentais e até mesmo internautas engajados aderiram à novidade e, cada vez mais, interagem com as chamadas redes sociais.
Mas de que maneira essas redes podem estimular iniciativas de sustentabilidade? "Só existe rede quando o grupo se mantém por um tempo, gerando confiança e identidade entre as pessoas", diz o espanhol David Ugarte, autor de O Poder das Redes (EdipucRS, 2008) e membro do conselho do Ecoperiodico.com, um jornal online, colaborativo e global para questões ambientais. "Como toda forma não hierárquica de sociedade, as redes sociais são, antes de tudo, coesivas. É natural que sempre apontem para a sustentabilidade social e ambiental." Ugarte lembra de alguns exemplos ecológicos que nasceram em redes.
O movimento Hora do Planeta, que mobilizou pessoas do mundo inteiro a desligarem as luzes de casa no dia 28 de março, é um deles. "Surgiu de uma iniciativa promovida em blogs e fóruns verdes na Austrália", diz Ugarte. No início de 2008, na Estônia, brotou na internet uma ideia chamada ?Vamos Fazer!?, que, ganhando apoio de celebridades e mídia gratuita, conseguiu reunir mais de 50 mil pessoas para limpar 10 toneladas de lixo do país em um único dia. Os 10.656 pontos de sujeira foram localizados no Google Maps, acessível a todos os voluntários.Em cerca de 5 horas, no dia 3 de maio daquele ano, eles conseguiram limpar todos esses pontos com cerca de 500 mil (cerca de R$ 133 mil), valor gasto com a campanha.
Fonte: Estadão Online