domingo, 27 de dezembro de 2009

FAPESP e Vale assinam acordo de pesquisa

A FAPESP e a Vale S.A. assinaram um acordo de cooperação científica e tecnológica que apoiará a pesquisa científica, tecnológica e de inovação a ser desenvolvida em áreas como mineração, energia, biodiversidade e produtos ferrosos para siderurgia.

O acordo engloba uma ampla gama de temas de pesquisas, mas a lista tem um caráter indicativo. Algumas das áreas contempladas, como a busca de novas rotas de biocombustíveis e a contabilidade ambiental, são totalmente novas para a Vale.

"Outras, como a melhoria da eficiência energética e a biodiversidade, já eram alvos de parcerias com pesquisadores. E também há áreas, como a de geotecnia, em que temos pesquisa própria, mas consideramos que um olhar externo pode nos beneficiar", apontou Mello.

De minas a cavernas

No campo da energia, o objetivo é desenvolver novas rotas de obtenção de biocombustíveis, por meio de algas e resíduos florestais - uma área em que a Vale não tem expertise -, até estudar modelos capazes de melhorar a eficiência da geração hidrelétrica, entre outros.

No campo da mineração, o acordo indica como área prioritária a busca de métodos de prospecção mineral por sensoriamento remoto e estudos sobre a formação geológica de cavernas e sobre as espécies que as habitam.

A lista inclui também pesquisas no campo da ecoeficiência e biodiversidade, a fim de acelerar a recuperação de ambientes degradados ou reduzir os danos ambientais das atividades da empresa, além de aperfeiçoar o uso de recursos hídricos e identificar materiais sustentáveis para uso em construções próximas às minas.

Pesquisas sobre produtos ferrosos para siderurgia - visando ao aprimoramento dos processos de obtenção da matéria-prima - e o desenvolvimento de novos produtos ou a modelagem matemática de todas as etapas do beneficiamento dos minérios a fim de aperfeiçoar sua eficiência são outras áreas indicadas.

Pesquisa coordenada

Além do acordo de cooperação com a FAPESP, a Vale assinou parcerias em moldes semelhantes com as fundações estaduais de amparo à pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) e do Pará (Fapespa), Estados em que a empresa tem atuação importante em suas atividades produtivas.

A Fapemig investirá R$ 20 milhões e a Fapespa, R$ 8 milhões, para uma contrapartida da Vale que é de R$ 20 milhões em Minas Gerais e de R$ 32 milhões no Pará. Somando o total de investimentos com as três fundações, o investimento chega a R$ 120 milhões.

Segundo Mello, a assinatura dos convênios é uma das decorrências da criação do Instituto Tecnológico Vale, lançado em dezembro e concebido para coordenar as ações de ciência e tecnologia da empresa. "A criação do instituto é uma mudança de paradigma nas estratégias de pesquisa e desenvolvimento da Vale", disse.

"Não se trata de obter apenas ganhos incrementais ou pontuais, pois, para isso, continuaremos investindo em pesquisa própria e em parcerias com universidades e pesquisadores", disse Mello.

Paradigmas na empresa

A previsão de investimentos é de até R$ 40 milhões, sendo metade proveniente da FAPESP e metade da Vale. Os temas contemplados no acordo, alguns bastante abrangentes, refletem a complexidade das atividades da Vale e os desafios que a companhia enfrenta. "Essa amplitude abre múltiplas oportunidades para pesquisa em várias áreas do conhecimento", disse Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP.

O acordo de cooperação FAPESP-Vale tem foco "no desenvolvimento de tecnologias e processos capazes de mudar paradigmas dentro de empresa", segundo Luiz Eugênio Mello, diretor do Instituto Tecnológico Vale (ITV), o braço de pesquisa da mineradora.

Segundo ele, a Vale, que é a maior empresa privada do país e a segunda maior mineradora do mundo, pretende, com o acordo, aproximar-se de cientistas de instituições paulistas, a fim de desenvolver pesquisa de fronteira em áreas consideradas estratégicas.

Colaboração

A Vale investiu, em 2008, US$ 38 milhões em convênios para desenvolver projetos de interesse da empresa. A empresa aplicou, naquele ano, US$ 1,13 bilhão em pesquisa e desenvolvimento - com um faturamento de US$ 38,5 bilhões - e tem em seus quadros cerca de 500 pesquisadores no Brasil e no exterior, sendo a metade deles doutores.

"Temos parcerias com a Universidade de São Paulo na área de logística, com a Federal de Minas Gerais em hidrometalurgia e com a Federal de Ouro Preto em mineração", disse Mello.

Mello ressalta que a parceria com a FAPESP se justifica pelo tamanho da comunidade científica de São Paulo, que é a maior no país e responde por 51% do número de artigos publicados em revistas internacionais indexadas, e a experiência da Fundação na colaboração com empresas.

Fonte: Inovação tecnológica

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Projeto Aquabio vai realizar diagnóstico na sub-bacia do rio Xingu

O Projeto Manejo Integrado dos Recursos Aquáticos na Amazônia (Aquabio), idealizado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), em parceria com os estados de Mato Grosso, Amazonas e Pará, está sendo implementado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) na área de abrangência da sub-bacia do rio Xingu. Em 2010, entre as ações previstas dentro do projeto, será realizado um diagnóstico rápido participativo na sub-bacia do Rio Xingu.

Em implementação nos municípios de Água Boa, Canarana e Querência, o Projeto Aquabio é financiado com doação do Fundo para o Meio Ambiente Mundial – GEF, por intermédio do Banco Mundial, e possui planos e políticas públicas para promover articulações visando a conservação da biodiversidade e gestão integrada e sustentável dos recursos aquáticos.

Por meio do Aquabio as regiões que possuem projetos de manejo integrado recebem apoio com cursos de capacitação voltados para temas relacionados à biodiversidade aquática e recursos hídricos, e formação em associativismo e cooperativismo. Uma das iniciativas desenvolvidas a partir do Aquabio é a criação do programa de Desenvolvimento de um Sistema de Informações sobre Biodiversidade Aquática (Siba).

O projeto beneficia diretamente técnicos de órgãos governamentais, lideranças comunitárias, universidades, organizações não-governamentais, pescadores, ribeirinhos, agricultores familiares, povos indígenas e produtores rurais.

“O objetivo é promover ações estratégicas voltadas para o manejo integrado da biodiversidade aquática e dos recursos hídricos na bacia amazônica, garantindo assim a sua conservação e uso sustentável”, explicou a coordenadora estadual do Projeto Aquabio, Railda Assis dos Santos.

Segundo ela também está previsto no Aquabio o apoio a projetos locais de manejo integrado de recursos aquáticos, focados no manejo dos recursos pesqueiros, recuperação de áreas degradadas, entre outros.

Além da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) outros órgãos atuam no projeto, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis ( Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (Icmbio), Fundação Nacional do Índio (Funai), Empresa Matogrossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), o Instituto Socioambiental (ISA), e as prefeituras dos municípios de Água Boa, Canarana e Querência.

Vários setores da Sema apóiam as ações previstas no Projeto Aquabio, coordenados pelas Coordenadorias de Programas e Projetos Especiais, e Educação Ambiental. Estão envolvidos nesse trabalho as coordenadorias de Fauna e Recursos Pesqueiros, Resíduos Sólidos, Licenciamento de Propriedades Rurais, Gerência de Aplicação e Desenvolvimento, Comissão de Descentralização da Gestão Ambiental - Coordenadoria de Indústria e a Coordenadoria de Monitoramento da Qualidade Ambiental.

BALANÇO
Em 2009, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) por meio da Coordenadoria de Programas e Projetos Ambientais teve um ano de bastante atuação no que diz respeito ao Projeto Aquabio. Cerca de 600 pessoas, entre produtores rurais, assentados, técnicos de instituições municipais, alunos, professores de escolas municipais, agentes de saúde, entre outros, nos municípios de Água Boa, Cnarana e Querência, receberam qualificação.

Outra ação realizada pela Sema, no âmbito do projeto, foi o monitoramento da qualidade da água na Bacia do Xingu, durante o período de janeiro a dezembro pela Coordenadoria de Monitoramento da Qualidade Ambiental.

Os cursos de capacitação foram voltados para áreas de Educação Ambiental urbana – lixo e nascentes, criação e fortalecimento das organizações envolvidas com a conservação dos sistemas aquáticos, um seminário onde foi enfocado temas como a mediação de conflitos, seminário com diferentes atores que exploram turismo e a pesca profissional, capacitação para pequenos produtores sobre o aproveitamento econômico e preservação das florestas e seminário sobre legislação ambiental enfocando a realidade do município.

De acordo com Railda Assis dos Santos, além da continuidade dos cursos de capacitação, dentro da estratégia de implementação do projeto Aquabio, em 2010 será realizado o diagnóstico participativo da área demonstrativa do projeto (Sub-bacia do rio Xingu). “Nesse diagnóstico serão levantadas as principais questões e problemas a serem abordados pelo projeto em cada área designada, e possíveis indicadores para o monitoramento da biodiversidade local; os atores locais pertinentes e os conflitos existentes e, as iniciativas e atividades existentes que sejam alinhadas aos objetivos do Aquabio”.

Também em 2010 estarão sendo preparadas, selecionadas e implementadas as atividades demonstrativas, que são subprojetos que serão elaborados e propostos por organizações ou instituições locais, ou em associação com estas, para as regiões de abrangência do Aquabio. Para essas ações o grupo alvo serão as lideranças dos setores produtivo e sociedade em geral, incluindo associações de produtores, organizações da sociedade civil, líderes rurais e urbanos, tomadores de decisão, técnicos de extensão rural e outros profissionais técnicos que trabalham com o uso de recursos naturais.

Fonte: O Popular do Vale do Araguaia Online

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Barueri ganha tratamento de esgoto

Fonte: SPTV

Tecnologia francesa trata esgoto com plantas

O Brasil acaba de ganhar um novo aliado no tratamento de resíduos industriais, água e esgoto - hoje uma das maiores carências da população. Trata-se dos jardins filtrantes (ou fitorestauração), uma tecnologia francesa que usa plantas nativas de cada país para filtrar e cuidar dos efluentes de uma maneira mais ecológica e sustentável. Além de preservar a natureza, a solução também dá um toque paisagístico ao ambiente.

A empresa detentora da tecnologia é a Phytorestore France, que abriu uma filial no Brasil em setembro para explorar o mercado nacional. O diretor-geral da empresa, Arnaud Fraissignes, explica que o tratamento dos resíduos é feito por meio de uma sequência de jardins, formados por vários tipos de plantas aquáticas. Cada jardim promoverá uma etapa da despoluição e descontaminação dos materiais, que são jogados em cima das plantas.

Segundo o executivo, as raízes vão absorver e filtrar os resíduos. No final do processo, restará uma água tratada, que poderá ser usada em irrigação, formação de lagoas e outras finalidades (menos para beber). Em relação ao maior questionamento das pessoas, ele garante: "Não há nenhum cheiro ruim durante o processo de tratamento. Temos projetos com pessoas morando ao lado dos jardins".

Entre os projetos assinados pela empresa, estão clientes de peso como o Hotel do Club Med, nas Ilhas Mauricio, e a Louis Vuitton, um dos maiores conglomerados de luxo do mundo. No Brasil, os projetos vão atender à necessidade geral da população. Por enquanto, a empresa negocia três contratos, em Goiás, São Paulo e Minas Gerais. O primeiro projeto deverá ser firmado com uma prefeitura no Estado de Goiás.

A empresa faria o tratamento de esgoto bruto de uma cidade de 10 mil habitantes. Em São Paulo, os jardins vão tratar o lodo de uma estação de tratamento de esgoto, que hoje é depositado em um aterro sanitário. "Nossa tecnologia usa apenas plantas e é mais barata que os métodos tradicionais."

Segundo ele, um jardim médio, para cuidar do esgoto de uma cidade de 10 mil habitantes, custa em torno de R$ 2 milhões. Além disso, a manutenção é muito barata. "Depende apenas de um jardineiro." Confiante no elevado grau de competitividade, a Phytorestore, que no Brasil tem parceria com a empresa nacional Alliance Verte, planeja participar de licitações na área de saneamento.

Fraissignes comenta que a companhia também vai abrir uma biofazenda em 2010, nos moldes da que já existe na França. Nesse local, qualquer empresa poderá levar seus resíduos para serem tratados em jardins filtrantes. Na França, diz o executivo, há tratamento de mais de 40 tipos de efluentes, como lodo, óleo de cozinha, entre outros. Nesse caso, as empresas pagam o serviço por tonelagem. O projeto, que possivelmente será instalado em Suzano, também vai abrigar um centro de desenvolvimento de seleção de plantas e um viveiro.

Fonte: Estadão Online

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Parque Estadual do Rio Doce, em Minas Gerais, será reconhecido internacionalmente como área úmida

Em fevereiro de 2010 o Parque Estadual do Rio Doce, localizado na região do Vale do Aço de Minas Gerais, será reconhecido oficialmente como área úmida internacional.

A lista Ramsar, ou Lista de Zonas Úmidas de Importância Internacional, considera zonas úmidas como áreas de pântanos e corpos de água, naturais ou artificiais, permanentes ou temporários. A relação foi criada em 1971, na Cidade iraniana de Ramsar, com objetivo de conservar áreas úmidas e aves aquáticas.

As áreas úmidas são importantes para a conservação da diversidade biológica. “O parque está inserido em uma região que se configura como o terceiro maior ecossistema lacustre do Brasil, perdendo apenas para o Pantanal e a Amazônia”, afirmou o gerente do Parque Estadual do Rio Doce, Marcus Vinícius de Freitas.

A medida vai garantir uma divulgação internacional para o parque e pode atrair pesquisas e investimentos.

A região possui 40 lagoas naturais, com uma grande diversidade de peixes. A Mata Atlântica predomina e abriga animais ameaçados de extinção, como a onça pintada e o monocarvoeiro, considerado o maior primata do continente.

O Brasil possui oito zonas úmidas incluídas na Lista Ramsar, somando 6,5 milhões de hectares. Além do Parque do Rio Doce, fazem parte a Área de Proteção Ambiental da Baixada Maranhense (MA), o Parque Nacional da Lagoa do Peixe (RS), a Área de Proteção Ambiental das Reentrâncias Maranhenses (MA), Parque Estadual Marinho do Parcel de Manuel Luiz (MA), a Ilha do Bananal, no Parque Nacional do Araguaia (TO), o Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense (MT) e a Reserva Particular do Patrimônio Natural do Sesc Pantanal.

Fonte: Ambiente Brasil

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

COP15: sucesso ou fracasso?

Caco de Paula e Matthew Shirts

O mundo não será o mesmo depois da COP15. Haverá, é claro, muito para se fazer ainda. Mas há também notícias positivas. A primeira delas é que o mundo todo tomou consciência do problema. A segunda é que os Estados Unidos e a China, os dois maiores emissores de gases de efeito estufa (GEE), concordaram em participar do acordo pela primeira vez, com metas. É um avanço significativo. Dá um claro sinal às empresas daqueles países – e do mundo -- de que o aquecimento deixa de ser uma preocupação ambiental movida por altruísmo e se firma como questão geopolítica e estratégica.

O papel do Brasil merece destaque. O país, que até pouco, mostrasse pouco entusiasmo pela questão pode ser considerado hoje um dos lideres mundiais no que tange ao aquecimento global. Ficou claro, ainda, que o debate sobre o assunto vai estar no centro da próxima campanha para presidente no nosso país. Os três pré-candidatos - José Serra, Dilma Rousseff e Marina Silva - estiveram atuantes no COP15. E a questão do aquecimento esteve, pelo menos durante a conferência, no centro da grande imprensa brasileira, com direito a manchetes nas primeiras páginas dos jornais e revistas.

Saímos de Copenhague com outra certeza, a de que o aquecimento global não será resolvido apenas pelos governos. A tarefa é gigantesca. Todos nós: empresas, mídia, indivíduos e governo precisamos contribuir e muito. Trata-se de uma questão de solidariedade para com as novas gerações. E também de uma importante questão econômica. A luta continua. Vamos trabalhar para, em 2010, darmos outro passo, ainda maior. A questão veio para ficar. A humanidade precisa resolvê-la para poder caminhar tranqüila.

Leia mais.

Fonte: Planeta Sustentável

Estação de tratamento de esgoto inaugura centro de visitação ambiental no Rio de Janeiro

O Centro de Visitação Ambiental da Estação de Tratamentos de Esgotos, ETE, foi inaugurado nesta segunda-feira, 21, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

A ETE faz parte dos compromissos firmados pelo governo do estado para a realização das Olimpíadas em 2016. O Dossiê da Candidatura da Cidade do Rio de Janeiro para sediar os Jogos Olímpicos descreve o compromisso de implantação de programas de educação ambiental e a criação de centros como este.

No local será apresentado o sistema de saneamento básico da Barra da Tijuca, Jacarepaguá e Recreio dos Bandeirantes. “Neste Centro o visitante terá acesso a todo o processo de coleta de esgotos dessa região da cidade, bem como da tecnologia envolvida no processo de tratamento e do lançamento pelo emissário submarino da Barra da Tijuca e a despoluição do complexo lagunar da Zona Oeste do Rio”, disse o presidente da Companhia Estadual de Águas e Esgoto, Cedae, Wagner Victer.

Um aquário marinho funciona no local, com capacidade para 2.000 litros de água coletada na zona de influência do emissário submarino.

O presidente também anunciou a inauguração do centro de visitação ambiental do Guandu, em 90 dias.

Em maio de 2009 entrou em funcionamento a Estação de Tratamento de Esgotos de Alegria, o primeiro centro de visitação ambiental inaugurado pela Nova Cedae.

Fonte: Ambiente Brasil

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Dilma e Serra em Copenhague

José Goldemberg


Os dois principais candidatos à sucessão do presidente Lula participaram da Conferência do Clima que se reuniu durante as duas últimas semanas em Copenhague. O que isso significa é que preocupações com o clima deixaram de ser privilégio dos especialistas e amantes da natureza para entrar na agenda política. Os candidatos prepararam seus discursos não só para impressionar os participantes da conferência, mas, principalmente, os eleitores brasileiros, sobretudo aquela parte do eleitorado que não se preocupa apenas com Bolsa-Família.

A ministra Dilma Rousseff apresentou no caderno Aliás de 13 de dezembro suas visões sobre o problema e o governador José Serra expressou as dele na apresentação que fez, juntamente com o governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, na terça-feira, dia 15, em concorrida sessão na capital dinamarquesa.

A ministra repetiu no seu artigo a posição histórica do governo federal, que não muda há muitos anos, incluindo o período do governo Fernando Henrique Cardoso:

Os países industrializados são os que têm de reduzir primeiro suas emissões por causa da "dívida acumulada com o planeta" (responsabilidade histórica). A Convenção do Clima e o Protocolo de Kyoto são intocáveis porque isentam os países em desenvolvimento de reduzir suas emissões.

Os países industrializados têm de pagar pelas ações necessárias nos países em desenvolvimento - nunca fica claro se é por meio de financiamentos (o que o Banco Mundial já faz) ou de concessões a "fundo perdido" que não são reembolsáveis.

Essas colocações são obsoletas e foram superadas pelos fatos. Em 1992, quando a Convenção do Clima foi adotada, os países em desenvolvimento emitiam menos de um terço das emissões mundiais. Hoje emitem metade e estão crescendo a 4% ao ano, principalmente por causa da China, que já é o maior emissor mundial. Cerca de metade das emissões mundiais ocorreu desde 1980, de modo que a "responsabilidade histórica" é difícil de justificar. Além disso, as "ações necessárias" não são do tipo que foi preciso para enviar um homem à Lua, mas tecnologias simples e disponíveis.
Fonte: Estadão Online

domingo, 20 de dezembro de 2009

No estado do Rio, produtores de água e floresta recebem remuneração por preservação

Os parceiros do programa Produtores de Água e Floresta realizaram quinta-feira pela manhã a Cerimônia de Pagamento por Serviços Ambientais e o Dia de Campo sobre Saneamento Rural. O evento aconteceu na Escola do Rio das Pedras, no distrito de Lídice, e contou com a participação do prefeito Raul Machado; do vice-prefeito Sebastião Inácio Rodrigues, o Tico-tico; do vereador Naylon Angelo da Silva (PSC); do secretário de Meio Ambiente, Mário Vidigal; do biólogo Gilberto Pereira, do Instituto Terra; além de autoridades de outros municípios.

Segundo o secretário Mario Vidigal, esse foi o segundo pagamento feito aos produtores rurais participantes do programa que remunera pela preservação e restauração de nascentes e florestas em suas propriedades. O primeiro foi realizado em maio, no município, com a presença do governador Sérgio Cabral e do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.

O engenheiro ambiental da Secretaria de Meio Ambiente de Rio Claro, Pedro Carneiro, diz que cerca de 20 produtores receberão entre R$ 600 e R$ 8 mil, dependendo da área e da importância do local preservado.

Além do pagamento, segundo o engenheiro, foi apresentado no evento os biossistemas para saneamento rural desenvolvidos em comunidades do município. O projeto consiste em um conceito revolucionário para o destino de efluentes humanos e animais, promovendo saneamento básico e a produção de biogás com diversos potenciais de utilização para as famílias beneficiárias.

ENTENDA O PROGRAMA

O programa Produtores de Água e Floresta consiste na remuneração de proprietários rurais para a manutenção das matas e áreas recuperadas. Os recursos vêm de valores pagos por grandes usuários de água da Bacia Hidrográfica do Guandu. A área piloto tem cinco mil hectares e está situada no alto da Bacia do Guandu, no município de Rio Claro, onde nasce o Rio Piraí. Este é considerado o mais importante do sistema Guandu, já que é o responsável por cerca de 80% do abastecimento de água e 25% da geração de energia elétrica para a região metropolitana, onde beneficia aproximadamente sete milhões de pessoas.

O desenvolvimento do programa é possível devido a uma parceria entre cinco instituições: Prefeitura de Rio Claro, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente; Instituto Terra de Preservação Ambiental; Secretaria de Estado do Ambiente; ONG TNC e Comitê Guandu de Bacia Hidrográfica.

Fonte: A Voz da Cidade Online

sábado, 19 de dezembro de 2009

Cúpula do clima de Copenhague termina sem acordo unânime

Terminou em completo desacordo a conferência mundial do clima, em Copenhague. Depois de horas de discussão, os 193 países encerraram a fracassada negociação ao "tomar nota" do acordo que havia sido aprovado, ontem (18), por Estados Unidos, China, Índia, Brasil e a África do Sul. Isso significa, segundo especialistas, que o acordo não teve a unanimidade de que precisava para vigorar, mas que, ainda assim, pode ser aplicado.

Pelas regras da ONU (Organização das Nações Unidas), um acordo precisa de unanimidade para vigorar. Neste caso, no entanto, essa unanimidade exigia a conciliação de interesses de países exportadores de petróleo com os de ilhas tropicais preocupadas com as elevações do nível do mar - o que, afinal, se mostrou impossível.

Ontem, durante todo o dia, os chefes de Estado realizaram reuniões para tentar chegar a um acordo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encarnou o papel de mediador entre os ricos e os emergentes e recebeu, em seu hotel, Nicolas Sarkozy (França), Angela Merkel (Alemanha) e Gordon Brown (Reino Unido), além do premiê chinês, Wen Jiabao.

O brasileiro também pôs na mesa a possibilidade de "dar dinheiro" para o fundo que ajudaria países em desenvolvimento a adotar medidas pelo clima. "Estamos dispostos a participar do financiamento se nós nos colocarmos de acordo numa proposta final, aqui." Não funcionou. Por fim, tentou conciliar os gigantes poluidores, Wen e o americano Barack Obama, na busca de uma linguagem adequada para atender aos dois antagonistas, no texto final. À noite, todos os líderes deixaram Copenhague visivelmente insatisfeitos, embora com a certeza do acordo.

Durante a madrugada, o diálogo só piorou. O texto pré-aprovado por, no total, 30 países ricos, emergentes ou em desenvolvimento, foi barrado por países como Tuvalu, Venezuela, Bolívia, Cuba e Sudão, para quem a adoção de um acordo com o qual não tinham colaborado não era uma opção. Houve intensos debates.

Já neste sábado, o presidente da Conferência, o primeiro-ministro dinamarquês Lars Lokke Rasmussen, fez uma pausa de algumas horas na sessão, para consultar com os advogados uma possível saída. O meio encontrado foi a "tomada de nota" que, de acordo com o diretor da ONG Union of Concerned Scientists (União dos Cientistas Preocupados, em inglês), Alden Meyer, significa que "há status legal suficiente para que o acordo seja funcional, sem que seja necessária a aprovação pelas partes".

O acordo pré-aprovado --que Obama definiu como "insuficiente"-- trazia como metas limitar o aquecimento global a 2ºC e criar um fundo que destinaria US$ 100 bilhões todos os anos para o combate à mudança climática --sem nenhuma palavra sobre metas para corte em emissões de CO2, a grande expectativa da cúpula, que era pra ser a maior do século.

O desacordo levou algumas delegações a afirmar que o impasse na cúpula do clima estava próximo do da rodada Doha. Um integrante da delegação sudanesa comparou políticas dos países desenvolvidos ao Holocausto, dizendo que o aquecimento global está matando gente na África.

Já ontem, diante do inevitável fiasco de Copenhague, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, convocou uma nova reunião para Bonn, na Alemanha, em junho. A próxima COP está marcada para dezembro de 2010 no México.

Fonte: Folha Online

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Projeto de revitalização do Rio das Velhas, em Minas Gerais, fecha o ano com saldo positivo

O Projeto Estruturador de Revitalização da Bacia do Rio das Velhas, em Minas Gerais, encerra o ano com saldo positivo, na avaliação da coordenadora executiva, Myriam Mousinho. “O Rio das Velhas está voltando a ser efetivamente um rio. Antes, podíamos dizer que na região metropolitana ele era apenas um canal de esgoto, hoje, podemos afirmar que ele volta a ser um rio”, disse.

O projeto faz parte do programa Meta 2010 e segundo uma avaliação Federal de Minas Gerais, UFMG, e Coordenador do Projeto Manuelzão, Marcus Vinícius Polignano, desde o início do programa, em 2003, as ações na área de saúde e social melhoraram muito.

A ocupação desordenada e o crescimento populacional comprometem a qualidade das águas na Bacia do Rio das Velhas. Polignano destaca a necessidade de adequação do modelo de urbanização com os cursos d’água. A afirmação é baseada nos dados do índice de Desenvolvimento Humano (IDH), quanto maior o IDH, menor o índice de qualidade da água (IQA), ou seja, onde a urbanização é maior, o IQA é menor.

O volume de esgoto coletado e tratado no rio passou de 41 milhões de m3 em 2003, para 85 milhões de m3 em 2008, e 109 milhões em 2009, de acordo com informações da Companhia de Saneamento de Minas Gerais, Copasa. Até 2010 a meta de tratamento é de cerca de 127 milhões de m3.

Fonte: Ambiente Brasil

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Produtores rurais do Rio de Janeiro recebem pagamento por serviços ambientais na Bacia do Rio Guandu

Nesta quinta-feira, 17, os produtores rurais que integram o programa Produtores de Água e Floresta, no Rio de Janeiro, vão receber o segundo pagamento pelos serviços ambientais realizados na Bacia do Rio Guandu.

O evento tem início às 10 horas, na escolinha do Rio das Pedras, em Lidice, no município de Rio Claro. Na ocasião serão inaugurados os biossistemas de saneamento que vão tratar o esgoto produzido na região.

O programa foi lançado em maio deste ano e oferece remuneração aos produtores do Rio das Pedras que conservam e recuperam as nascentes do Rio Piraí.

Os recursos para estes pagamentos são obtidos através do pagamento por grandes usuários pelo uso da água. Os valores são repassados ao Comitê da Bacia Hidrográfica do Guandu, que distribui aos produtores.

O secretário executivo do Instituto Terra de Preservação Ambiental, Mauricio Ruiz, lembra que os biossistemas também produzirão biogás. “Construímos três modelos que tratam de efluentes de mais de 100 pessoas a um custo baixíssimo. Além de cuidar da água, que sai com 98% de limpeza, os biossistemas geram gás para cozinhas comunitárias, casas e ainda alimentam peixes e fertilizam bananais”, explicou.

O Rio Piraí é um dos mais importantes do sistema Guandu, de acordo com o Instituto Estadual do Meio Ambiente, Inea. Em conjunto com o rio Paraíba, responde por 80% do abastecimento de água do Estado e 25% da geração de energia elétrica da Região Metropolitana.

Fonte: Ambiente Brasil

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Primeira incubadora de econegócios do país investe em novas cadeias produtivas

Lixo é matéria-prima de diversas pequenas empresas instaladas em uma incubadora que funciona em aterro sanitário no município de Cariacica, Região Metropolitana de Vitória

Não é sonho, é realidade. A economia verde e o planeta agradecem. Se todos os aterros sanitários fossem iguais à Marca Ambiental, na Grande Vitória (ES), a humanidade suspiraria aliviada e as futuras gerações certamente teriam menos problemas ambientais para enfrentar.

Além de ser um raro exemplo da iniciativa privada nesse segmento, geralmente identificado como missão do setor público, o aterro sanitário Marca Ambiental, instalado na periferia do município de Cariacica, integrante da região metropolitana da capital capixaba, está mudando definitivamente o significado da palavra lixo e das expressões resíduos sólidos e líquidos para matérias-primas, insumos ou recursos sólidos de novas e inovadoras cadeias produtivas. Essa solução é economicamente viável, gera lucro e empregos, inclusive.

A diretoria da Marca Ambiental sempre foi sensível à questão ambiental e buscou soluções sustentáveis para o tratamento dos resíduos coletados nas ruas e avenidas de Vitória. Atualmente sua clientela é formada pelas prefeituras da capital capixaba e de mais 60 cidades da região metropolitana e do interior, que são responsáveis pelo desembarque de mais de mil toneladas de resíduos por dia no aterro sanitário privado.

Participante do Programa Capixaba de Materiais Reaproveitáveis (PCMR), a empresa foi uma das primeiras a apoiar a iniciativa pioneira, fruto da parceria entre o governo estadual, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos e do Instituto Estadual do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, com o Sebrae no Espírito Santo e o Instituto Idéias.

Em 2006, o Instituto Marca de Desenvolvimento Socioambiental (Imadesa) foi fundado para consolidar a atuação da empresa Marca Ambiental na área da responsabilidade social e objetivando se tornar referência no segmento ambiental. Nesse ano, o Imadesa abriu as portas do aterro sanitário para a instalação da primeira incubadora de econegócios ou negócios ambientais do país, denominada Incubalix. O instituto também se tornou um importante parceiro do PCMR.

Parceria e mercado

Parceria é a palavra-chave da iniciativa inédita e exemplar capixaba da empresa, instituto e incubadora de econegócios. A Incubalix foi viabilizada por meio da parceria entre o Imadesa e o Sebrae/ES, segundo seus dirigentes. A preocupação em atuar de acordo com o mercado e com o aval do setor acadêmico é prioridade absoluta da primeira incubadora de econegócios do país.

Desenvolver produtos e serviços correspondentes às necessidades de mercado e possuir viabilidade econômica são premissas condicionantes aos projetos que pretendem se tornar integrantes da Incubalix. O conselho deliberativo da incubadora, composto por representantes da empresa Marca Ambiental, Imadesa e Sebrae/ES, é responsável pela avaliação e aprovação dos projetos dos futuros econegócios e ecoindústrias.

“Para ser incubado aqui, o projeto deve ser inovador em termos de produto, processos e ou serviços. E também tem que ser aceito pelo mercado. Não adianta inventar propostas, que não serão aceitas pelo mercado”, explica Alessandra Schirmer, gestora da Incubalix.

A convocação de participantes se dá por meio de editais. As propostas devem ser oriundas de residentes na Grande Vitória e interior do Estado. Os autores podem ser pessoas físicas ou jurídicas que desejam obter apoio no desenvolvimento de produtos e serviços para a implementação de novas empresas ou já existentes, mas que querem elevar seu nível tecnológico e gerencial para se tornar mais modernas, eficazes e competitivas. Projetos de pesquisa científica e tecnológica também são bem-vindos nos editais da Incubalix. Conheça os editais no site www.imadesa.org.br.

Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios

China busca experiência sobre gestão de recursos hídricos do Estado do RJ

Uma comitiva do Governo chinês esteve nesta segunda-feira (14/12), visitando o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) para buscar experiências com a gestão dos recursos hídricos desenvolvida pelo órgão ambiental brasileiro.

O presidente do Inea, Luiz Firmino Martins Pereira, recebeu os representantes do Departamento de Recursos Hídricos, do Ministério de Recursos Naturais chinês, Sr. Gao Juan e o da Comissão de Conservação do Rio Haihe, na província de Tianjin, cidade estratégica dos pontos de vista político, econômico e social.

A China enfrenta graves problemas ambientais, sobretudo, no que tange a conservação dos recursos hídricos. Com apenas 7% das reservas de água do planeta para um quarto da população mundial, o país não consegue atender às necessidades de abastecimento de 400 das 600 cidades chinesas que sofrem com a falta de água.

Essa, inclusive, é uma das principais razões para que 30 milhões de camponeses ainda vivam abaixo da linha da pobreza, a despeito do sólido crescimento do país nas últimas décadas.

Tianjin é um dos quatro municípios diretamente subordinados ao Poder Central da China. Localizado na parte Leste da planície do Norte da China, a 120 quilômetros de Beijing, e às margens do mar Bohai, é a porta marítima da capital. O rio Huanghe, que teve seu curso modificado por diversas vezes, em três transbordamentos acabou no lado de Tianjin, dando lugar ao atual delta do rio Haihe.

A cidade é uma das bases industriais da nova China, por onde o país mantém relações comerciais com mais de 90 nações e regiões de todo o mundo. Com uma área de mais de 11 mil quilômetros quadrados e uma população de 7,7 milhões de habitantes, Tianjin sofria com uma extrema escassez de água e a indústria e a população precisavam recorrer à água salgada.

Para resolver o problema, em 1982 começou a ser construída uma obra hidráulica para levar água do rio Luanhe até Tianjin. É a maior obra para abastecimento de água da China até o momento. O canal tem 134 quilômetros de extensão, atravessa as bacias dos rios Luanhe e Haihe e a Cordilheira Yanshan. A construção foi concluída em um ano e quatro meses.

Contudo, segundo estimativas de especialistas, o volume total de água disponível na China e em condições utilizáveis pode durar apenas até 2030, mesmo que se realizem todos os esforços de economia. Isso porque, muitos rios e lagos chineses, principais fontes de abastecimento, enfrentam secas severas e níveis de poluição extremos há décadas. A poluição com resíduos humanos e industriais é alarmante. O lago Poyang, na província meridional de Jiangxi, por exemplo, é o maior lago de água doce do país. Sua sobre-exploração e a poluição tem agravado os problemas de escassez.

Ainda no contexto da crise hidrográfica, a também sobre-exploração do rio Yangzi, o maior da China e o terceiro maior do mundo, também tem se agravado nos últimos anos. A barragem das Três Gargantas, uma das principais fontes de abastecimento do país e que tem dimensões gigantescas também está sob ameaça. Em 2007, o golfinho de água doce foi declarado oficialmente extinto.

Milhares de chineses são afetados frequentemente por pequenas catástrofes ecológicas que conduzem a rupturas periódicas do fornecimento de água. Em razão disso, a população chinesa está muito sensibilizada para a questão da poluição da água e o seu impacto na saúde.

Fonte: Agencia Brasileira de Notícias

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Aneel realiza primeiro leilão de energia eólica do país

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) habilitou tecnicamente 339 projetos de geração eólica para o Leilão de Energia de Reserva, que será realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), nesta segunda-feira (14). O leilão será na sede da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em São Paulo.

Está é a primeira vez que o Brasil promove um leilão de reserva para negociação exclusiva de energia elétrica gerada por ventos. Segundo a EPE, os empreendimentos somam capacidade instalada de 10.005 MW, o que corresponde a uma vez e meia a potência total do Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira, em Rondônia, composto pelas usinas hidrelétricas de Jirau (3.300 MW) e Santo Antônio (3.150 MW).

As informações da EPE (empresa do governo federal responsável por pensar o planejamento energético do país) indicam que os estados do Ceará e do Rio Grande do Norte detêm a maioria dos projetos (213) e também da potência instalada (6.144 MW) habilitados.

Para o presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim, o sucesso deste primeiro leilão pode propiciar o maior aproveitamento do alto potencial do país. “A contratação de energia eólica, neste momento, reforçou ainda mais a posição que o Brasil levou para a Conferência do Clima em Copenhague, de promover a manutenção do perfil altamente renovável da matriz energética brasileira”, afirma.

O leilão de energia exclusivamente voltado para contratação de fonte eólica será realizado na modalidade de reserva, que se caracteriza pela contratação de um volume de energia além do que seria necessário para atender à demanda do mercado total do país. “Os empreendimentos que ofertarem os maiores deságios sobre o preço inicial assinarão contratos de compra e venda de energia com 20 anos de duração, válidos a partir de 1° de julho de 2012”, esclareceu a empresa.

Fonte: Ambiente Brasil