sábado, 4 de abril de 2009

Poluição afasta fiéis de rio onde imagem de santa foi achada

CRISTINA MORENO DE CASTRO
A poluição afastou os fiéis que costumavam tomar banho e beber água do rio onde foi encontrada, quase três séculos atrás, a imagem de Nossa Senhora Aparecida, a padroeira do Brasil. Em Aparecida (180 km de SP), o Paraíba do Sul recebe dejetos e esgoto sem tratamento de uma população de 36 mil habitantes e dos mais de 100 mil turistas que aparecem nos feriados religiosos. A cidade do Vale do Paraíba espera receber 141 mil fiéis na Semana Santa. Cada um é responsável por gerar de 20 a 50 litros de esgoto por dia no Santuário Nacional, que conta com quase mil peças sanitárias. No município, mais de 50 litros por segundo de dejetos são lançados diretamente no rio."Não é só uma questão ambiental. É também uma questão de saúde pública", diz Devanir Amâncio, presidente da ONG Educa São Paulo. "Os romeiros que visitam o santuário passam pelo rio, costumam tomar sua água, tomam banho lá, levam a água para fazer alimentos em casa."Segundo Amâncio, a tradição de captar água no ponto do rio onde a imagem da santa foi encontrada sempre fez parte do percurso turístico dos fiéis. Mas hoje, segundo moradores e pescadores, cada vez menos pessoas se arriscam.Havia apenas seis moradores no local anteontem.

Eles dizem que ninguém mais se banha nas águas poluídas e "só alguns pegam água em garrafinhas". Em outro ponto do Paraíba do Sul, a 600 metros do santuário, dez moradores pescavam mandis e lambaris -o que restou de um rio que já deu "quilos" de tilápia, piaba e outras espécies de peixes, segundo o ajudante geral Jéferson Jer, 28.Elenise Conceição, 45, que custava a encher um quinto de seu balde, diz que nos últimos anos o rio se transformou. "Antes era igual praia, dava para nadar aqui."Ao lado deles, dois canos de esgoto lançavam dejetos da cidade no rio. Os moradores contam que há muitos outros canos pela margem do rio. Mas eles não se importam em comer os peixes "depois de colocar vinagre e limão", conta Jer.Há 15 dias, a ONG de Amâncio pediu à prefeitura e ao governo do Estado a construção de uma estação de tratamento de esgoto. Segundo ele, não houve resposta.
A estação sairá em 2012, diz a prefeitura -a obra está em fase de projeto.O engenheiro Carlos Ohya, responsável pelos projetos do Santuário Nacional de Aparecida, diz que a igreja "se sente na obrigação moral de participar no sentido de colaborar com o meio ambiente", embora a responsabilidade pelo saneamento seja da prefeitura. Ele diz que o santuário contratou especialistas da USP para colaborar com o projeto da prefeitura.Para Marli Leite, secretária-executiva do Comitê de Bacias Hidrográficas do Paraíba do Sul, a situação atual, em que diversas cidades do Vale não têm estações -inclusive São José dos Campos, que só trata 45% do esgoto-, "pesa bastante na qualidade do rio".

Fonte: Folha Online

Brasil tem papel de destaque no fórum mundial de água

Os resultados da participação brasileira no V Fórum Mundial da Água, realizado em Istambul, na Turquia, de 16 a 22 de março, foram apresentados nesta sexta-feira (3) pelo diretor da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do MMA, Júlio Kettelhut, no auditório do MMA, na 505 Norte. Kettelhut apresentou em Istambul os programas Aquífero Guarani e o Recursos Hídricos Transfronteiriços da América.

Representado pela secretária-executiva, Izabella Teixeira, o Brasil participou das mesas-redondas: "Água para Alimentação e Erradicação da Pobreza e Recursos Hídricos para Energia". Como resultado da primeira discussão ficou acertado entre os participantes que deve-se colocar a água como de alta prioridade para agricultura nas agendas locais e regionais. Foi recomendada a mobilização de fundos adequados; a solicitação de disponibilização de fundos para entidades internacionais e nacionais e o incentivo aos países para a alocação de mais recursos financeiros para a agricultura.

No encontro, líderes mundiais se comprometeram a implementar uma visão comum para o gerenciamento dos recursos hídricos de forma sustentável, como forma de garantir acesso à água de qualidade e condições sanitárias para todos. Se comprometeram também a adotar novas políticas, estratégias adaptadas e reformas institucionais a fim de direcionar recursos para adaptação de estratégias de gerenciamento de recursos hídricos com vistas às mudanças do clima. E ainda manter em mente palavras-chaves como elementos para o sucesso da estratégia, como solidariedade, segurança, adaptabilidade, diálogo e cooperação entre vizinhos em bacias transfronteiriças.

A delegação brasileira no encontro foi chefiada pela Secretaria-Executiva do Ministério do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e contou com as participações do presidente da Agência Nacional de Água (ANA) e com o diretor do Departamento de Revitalização de Bacias Hidrográficas, da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, Júlio Kettelhut. O Brasil foi representado por cerca de 100 participantes entre ministros de Estado, senadores, deputados federais, representantes de governos estaduais e municipais, e também por usuários de água como a indústria, por exemplo. O Fórum Mundial da Água é coordenado pelo World Water Council, com sede na França e teve o Banco Mundial entre seus parceiros. O encontro internacional ocorre a cada três anos em países distintos. O encontro da Turquia teve a participação de 192 países e 26 mil inscritos. O tema do fórum deste ano foi: "Superando os Divisores da Água".

Fonte: MMA

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Cemig desenvolve sistema de previsão das vazões dos rios

Um novo sistema, que está sendo desenvolvido pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), vai permitir elaborar a previsão das vazões dos rios mineiros com quase uma semana de antecedência. De acordo com o engenheiro de planejamento hidroenergético da empresa, Luiz César Mendes Botelho, o método integrará as previsões meteorológicas do Centro de Climatologia MG Tempo com dados obtidos em tempo real do Sistema de Telemetria e Monitoramento Hidrometeorológico (STH), que possui mais de cem estações em Minas Gerais e Goiás. Esse sistema será implantado nas bacias do alto rio Grande (Sul de Minas), do rio Preto (Noroeste), do rio Paranaíba (Triângulo Mineiro) e do rio Jequitinhonha.

A antecedência vai possibilitar maior agilidade e segurança no aviso à população. No período chuvoso, o planejamento hidroenergético das usinas, definido junto ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), busca orientar a operação das hidrelétricas para acumular água nos reservatórios. Também visa garantir a geração de energia para atendimento aos consumidores durante o ano e promover o controle das cheias.

Segundo o engenheiro de planejamento hidroenergético da Cemig André Cavallari, nem sempre é possível impedir que o nível do rio atinja a área de restrição, provocando enchente, mas as operações são sempre realizadas para minimizar seu impacto. "Além disso, estamos atentos a outras demandas socioambientais, como evitar o aprisionamento de peixes e informar a população ribeirinha sobre as alterações no nível do rio", afirma. Rede de informações Um sistema de informações criado pela Cemig em parceria com pescadores e ribeirinhos das margens do São Francisco, entre Três Marias e Ibiaí, vem funcionando desde 2007.

Os moradores são avisados antes de cada vertimento da Usina de Três Marias, por uma rede de contatos localizada estrategicamente ao longo desse trecho. Os colaboradores da rede são responsáveis por percorrer de barco trechos específicos, avisando também os moradores das ilhas da região. Segundo o presidente da Colônia de Pescadores de Buritizeiro, Geraldo Reis, os prejuízos da população com as enchentes eram constantes e incalculáveis. "Sem informação, perdíamos tudo. O alerta a todos é um grande benefício", elogia.

Fonte: UAI

Evento da Unicidades destaca importância dos recursos hídricos

A Agência de Desenvolvimento Regional (ADR) Unicidades, entidade civil que agrega representantes de 14 municípios da região, realizou no último final de semana, a romaria das Águas, evento que discutiu a importância da preservação dos recursos hídricos da região. O evento contou com o apoio do deputado Federal Roberto Santiago, que percorreu, em barcos, as represas de Vargem, Bragança Paulista, Piracaia, Joanópolis, Mairiporã e Nazaré Paulista. As barragens formam o complexo da Cantareira, responsável pelo abastecimento de 50% da água potável consumida na grande São Paulo e 40% da região metropolitana de Campinas.

O deputado Roberto Santiago, um dos idealizadores e articuladores do evento, destacou a importância da preservação ambiental e cobrou da Sabesp o pagamento de royalties pelo uso das águas represadas na região. Assim como o petróleo e outros bens, considera o parlamentar, a água também deveria ser compensada. “Estes recursos poderiam ser utilizados para revertermos a condição da nossa região: a segunda mais pobre do estado”, ressaltou Santiago. O senador Aluízio Mercadante concorda com a opinião de Santiago. “Só a represa de Joanópolis reduziu a vazão de água em aproximadamente 4 metros cúbicos por segundo. É um numero alarmante”, disse. Por isso, o senador acredita que é preciso trabalhar mecanismos que possam compensar os produtores de água. Ele cita como exemplo o caso do município mineiro de Extrema, que paga proprietários de áreas que possuem mananciais e que protegem as nascentes.

O senador estuda ampliar esta legislação para todo o país. O presidente da Agência de Desenvolvimento Regional Unicidades, o empresário Luiz Fernando Rossini Pugliesi, destacou que a entidade buscará atuar fortemente em ações voltadas ao Meio Ambiente. “Esta é também uma das nossas prioridades”, disse. O vice-prefeito de Atibaia, Ricardo dos Santos Antonio, participou da romaria, que contou também com a presença da prefeita de Piracaia, Fabiane Santiago, e do prefeito de Bom Jesus dos Perdões, Carlos Riginik Júnior “Calé”. A vereadora de Atibaia, Profª Gina, também esteve presente no evento. Atibaia é um dos municípios que integram a Unicidades. Também fazem parte do grupo de cidades da agência de desenvolvimento as cidades de Bom Jesus dos Perdões, Bragança Paulista Guarulhos, Jarinu, Joanópolis, Mairiporã, Nazaré Paulista, Pedra Bela, Pinhalzinho, Piracaia, Tuiuti Vargem e Extrema.

Fonte: Atibaia News

Salto terá participação em Recursos Hídricos

Além da divulgação que Salto integra o Conselho Estadual de Turismo, outra notícia foi anunciada na reunião do Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), realizada na terça-feira, dia 31 de março, em Piracicaba.

O colegiado elegeu por unanimidade o Prefeito da Estância Turística de Salto, Geraldo Garcia para ocupar cadeira no Conselho Estadual de Recursos Hídricos, representando tanto o Comitê PCJ como o Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Sorocaba e Médio Tietê (SMT).

A reunião contou com a presença do Superintendente do SAAE Ambiental de Salto, Márcio Mendes da Silva e do representante do INEVAT, Francisco Moschini.

A vaga de Salto será exercida até 2011. “O ingresso de Salto nos referidos Conselhos Estaduais fazem com que o município tenha cada vez mais representatividade e importância no cenário do Estado de São Paulo”, acrescentou o Prefeito Geraldo Garcia.

Hidrovia Tietê-Paraná
O Prefeito de Barra Bonita, Mário Donizete Floriano Teixeira, visitou o Complexo Turístico da Cachoeira e na ocasião foi portador de convite ao Prefeito Geraldo Garcia para também fazer parte de uma chapa na diretoria do Consórcio da Hidrovia Tietê-Paraná.

Fonte: itu.com.br

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Produtores do agreste do Sergipe comemoram safras de batata doce e acerola

Fonte: Globo Rural

Dicionário Socioambiental Brasileiro é lançado na Câmara Federal

Danielle Jordan

Resíduos, carbono, mudanças climáticas, acordos, protocolos... termos que passaram a fazer parte do cotidiano de todos, criando a necessidade de informações mais direcionadas. A coletânea com mais de oito mil verbetes foi lançada oficialmente nesta quarta-feira (01), em solenidade oficial na Câmara dos Deputados, presidida pelo deputado Michel Temer (PMDB-SP). Estiveram presentes representantes do setor ambientalista, ministérios, IBAMA e ICmbio.Michel Temer destacou a importância da obra, para todos os setores e em especial para iniciar a organização de um setor que a cada dia possui mais normas e definições em vigor.

Na ocasião foi lançado também o livro “Ambiencia, limites da verdade", de autoria do engenheiro florestal e deputado federal Luciano Pizzatto (DEM-PR).Organizado por Luciano e Raquel Pizzatto, o dicionário resume os principais termos da área ambiental. Fruto do trabalho de oito anos do portal AmbienteBrasil, com a colaboração de técnicos, engenheiros, jornalistas, biólogos e outros profissionais.

Resíduos, carbono, mudanças climáticas, acordos, protocolos... termos que passaram a fazer parte do cotidiano de todos, criando a necessidade de informações mais direcionadas.

Fonte: AmbienteBrasil

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Revista Neomondo - Água: origem da Vida

Na edição de março, numa alusão ao dia Mundial das águas, em 22 de março, nossa equipe de jornalistas e articulistas mergulhou nos temas das águas brasileiras para entender e traduzir os principais problemas e soluções relacionados a esse imprescindível recurso natural.Dizer que sem água não há vida pode parecer lugar comum, mas a forma como a utilizamos não é coerente com essa consciência. Esse bem precioso está intrinsecamente ligado à vida, não apenas como componente bioquímico de seres vivos ou como fonte de sobrevivência das espécies vegetais e animais, mas também no papel fundamental que desempenha nos processos produtivos industriais e até como elemento de valores sociais e culturais. Nossa necessidade dela é tão grandiosa que já se sabe que a possibilidade de escassez pode ser fator desencadeante de sérias disputas internacionais. E o pior de toda essa situação: há quem afirme que essa guerra já começou.

Para fazer o download, clique na imagem ou aqui.

Habitação popular 'verde': será que agora vai?

Alguns conjuntos habitacionais já trazem painéis de aquecimento solar
por Andrea Vialli

E o governo federal anunciou seu ambicioso plano de construção de um milhão de moradias populares, como foi amplamente noticiado. Se o programa é factível de ser cumprido, se tem caratér eleitoreiro ou se vai ajudar a amenizar os efeitos da crise econômica, são temas que não vamos discutir aqui.

Mas uma informação saltou aos olhos e merece nossa atenção. O ministro do Meio Ambiente Carlos Minc garantiu que as casas populares serão 'verdes'. Terão aquecimento de água por energia solar - já que o chuveiro elétrico é "o predador do consumo de energia", nas palavras do ministro. Sua colega Dilma confirmou. "O uso de energia solar tornará os empreendimentos ambientamente sustentáveis e proporcionará redução de 30% na conta de luz da população de baixa renda", disse a ministra presidenciável.

O governo espera que o aquecimento solar reduza as emissões de gases de efeito estufa em 830 mil toneladas. Também evitaria a necessidade de construção de uma usina hidrelétrica de 520 megawatts (MW) de potência.

Mais: a proposta é que as casas tenham também captação de água de chuva, o que seria implementado "gradualmente", segundo Minc. E a madeira utilizada nas construções deverá ser de origem certificada, ou seja, provenientes de áreas de manejo controlado, com selo de origem.
Além disso, os empreendimentos terão de cumprir alguns requisitos para obter o licenciamento ambiental. Entre eles (não seriam óbvios?): serem construídos fora de regiões de proteção permanente; não poderão estar localizados em áreas de risco e deverão contar com infraestrutura de esgoto. Sem esses requisitos, o governo não dará a licença ambiental, alardeou Minc.

A notícia nos faz pensar: será que finalmente o governo acordou para a necessidade de se construir com menor impacto ambiental e para os benefícios de se usar de modo mais racional os recursos como água e energia? A tendência do 'green building' já aterrissou por aqui há pelo menos uma década, com grandes condomínios, varejo e indústria aderindo paulatinamente. A propósito, leia matéria que publicamos hoje sobre o assunto: "Novas fábricas 'verdes' reduzem o impacto ambiental".

Se assim for feito, teremos motivos para comemorar: estaria o conceito da sustentabilidade finalmente sendo assimilado pela esfera pública? Ou estaria o governo só fazendo greenwash (maquiagem verde) porque isso pega bem nos tempos atuais?Vamos aguardar.

Fonte: Estadao Online - Blog Andrea Vialli

Água da chuva irriga flores


Produtor de Holambra montou um sistema de captação que lhe garante água gratuita do ceu quase o ano todo.

Rose Mary de Souza

Preocupado com as notícias de escassez mundial de água potável, o floricultor Renê Franciscus van Vliet decidiu aproveitar ao máximo os recursos da natureza e instalou um sistema de captação de água de chuva em sua propriedade. A iniciativa, adotada há dois anos, permitiu redução de no mínimo 20% nas despesas com energia elétrica e água, além de todos os benefícios ambientais de aproveitar um recurso que "brota" do céu.

No Sítio Porteiras, em Holambra (SP), Vliet emprega 25 funcionários e produz gérbera e lisianthus de corte, gypsophila e folhagens em estufa. As plantas são fertiirrigadas, das quais 90% são comercializados pelo sistema de Veiling da Holambra.

A água para umedecer a terra é levada por dutos de canos até a base das plantas. Em períodos de altas temperaturas, com excesso de calor, o sítio consome diariamente 40 mil litros de água. Menos da metade, cerca de 5 mil a 10 mil litros, é a quantidade necessária para os dias com temperaturas mais amenas. CHUVAA captação da água da chuva é simples e obedece à lei da gravidade, explica Vliet. A cobertura, ou seja, o "telhado" da estufa tem o formato de meia-lua virada para baixo, que reduz o impacto das gotas de chuva e permite o seu escoamento. As estufas estão montadas em bloco, uma ao lado da outra. Na junção entre as coberturas foi projetada uma calha para captar a água da chuva, que segue até os canos de PVC com terminações nas bordas dos tanques cobertos com lona preta impermeável, onde a água ficará armazenada.

O sítio tem seis blocos de estufas, sendo um tanque para cada um deles. Cada bloco tem 5 mil metros quadrados. No total são 30 mil metros quadrados de área coberta. Vliet diz que a água de chuva é de boa qualidade. Para evitar prejuízos com o desenvolvimento das flores, porém, faz-se constantemente a medição do acidez (pH) e de sais minerais contidos na água.Os tanques são forrados por uma manta especial impermeável. A profundidade de cada um deles fica entre 5 a 8 metros. No sistema, Vliet tem a capacidade de armazenar no total 3 milhões de litros de água de chuva. A reserva de água se mantém desejável com precipitações de 20 a 30 milímetros em espaço de até 15 dias. "Tenho água para dez meses do ano", garante o floricultor. Segundo ele, para os outros 60 dias de baixa pluviosidade é necessário ligar a bomba do único poço artesiano da propriedade. Para instalar o sistema, Vliet investiu R$ 5 por metro quadrado. "O retorno do investimento será pago após quatro anos de uso", diz.
Fonte: Estadão - Suplemento Agrícola

SC aprova Código Ambiental que reduz área protegida

A Assembleia Legislativa de Santa Catarina aprovou na noite de terça-feira (31) um novo Código Ambiental que diminui a área de preservação determinada pelo Código Florestal Brasileiro. Entre as principais mudanças está a redução da área de proteção das matas ciliares, às margens dos rios, de 30 para 5 metros. No caso das nascentes fluviais, a área cai de 50 para 10 metros. O novo Código foi aprovado por 31 deputados dos 38 presentes no plenário. Os agricultores vibraram com a aprovação do Projeto de Lei 238/2008, que seguirá agora para o governador do Estado Luiz Henrique da Silveira, que deve sancionar a legislação em 30 dias.

Em um de seus dispositivos está prevista a remuneração, por parte do poder público, de agricultores que desenvolverem e executarem projetos que possam preservar o meio ambiente. Os agricultores também vão contar com a gratuidade dos licenciamentos ambientais, além de usufruírem de um fundo de compensação ambiental, a ser criado pelo governo.

Para o ambientalista e biólogo Juliano Albano, o projeto de lei foi aprovado sem conteúdo ambiental. "É um desrespeito com as leis federais. Foi aprovado sem critério e de forma irresponsável. As gerações futuras é que sofrerão com o que foi decidido aqui", protestou, dizendo que o Código é inconstitucional. Relator do projeto, o deputado Romildo Titon (PMDB), rebateu: "Fizemos inúmeras consultas à Ordem dos Advogados do Brasil e estamos muito à vontade, mas nada impede que lá na frente possamos reformulá-lo", afirmou o parlamentar governista. O território catarinense conta com 41% de mata e 168 mil hectares de matas ciliares.

Fonte: Estadão Online

Amazonas pode ter este ano a segunda maior cheia dos últimos 100 anos

O nível das águas dos rios da bacia do Amazonas no primeiro semestre de 2009 deve ficar apenas um centímetro abaixo da média registrada no mesmo período em 1953, quando houve a maior cheia no estado. A informação é do superintendente regional do Serviço Geológico do Brasil (CPMR), Marco Antônio Oliveira, que, nesta terça-feira (31), apresentou, em Manaus, o primeiro alerta de cheia para o estado em 2009. Segundo Oliveira, a cheia deste ano no Amazonas será de grande magnitude e pode ser a segunda maior já registrada nos últimos 100 anos no estado.“Tudo indica que a cheia de 2009 vai se aproximar bastante da maior cheia já registrada no estado, que foi em 1953. Pelas nossas previsões, a cheia deste ano será de grandes proporções para a Bacia Amazônica. Esse tipo de cheia ocorre a cada 50 anos e, com relação à cheia de 1953, em 2009 o nível das águas deverá ficar apenas um centímetro abaixo da média registrada”, declarou.

De acordo com o superintendente, este ano, o nível das águas no Amazonas pode atingir a marca dos 29,68 metros. Se isso acontecer, o registro de 2009 ficará atrás, apenas, dos anos de 1953 (29,69 metros); 1976 (29,61 metros); e 1989 (29,42 metros). A margem de erro é de 35 centímetros para mais ou para menos. Ainda segundo o CPMR, o nível dos rios no Amazonas tem subido em ritmo acelerado, com média de cinco centímetros por dia. Em Manaus, o nível do principal rio da cidade – o Rio Negro – está na marca dos 27, 45 metros. O objetivo do alerta de cheia é identificar que tipo de cheia haverá no estado no ano corrente.“O alerta nos permite prever se teremos cheia de grande magnitude ou não e, com isso, preparar a população. Temos que aguardar o nível das chuvas e o comportamento dos rios. Por hora, sabemos que é uma cheia de grande intensidade, que deve afetar a população dos igarapés das bacias do São Raimundo e Educandos [dois dos quatro rios que cortam a cidade de Manaus] e também do interior do estado. O período de águas altas ainda deve se manter por volta de dois meses”, acrescentou Oliveira.

A apresentação realizada nesta terça-feira na sede do CPMR em Manaus considera que a cheia é um evento climático anual que pode ocorrer com maior ou menor intensidade em comparação aos anos anteriores. Esse tipo de levantamento no estado é realizado desde 1903. Na Amazônia, o período das chuvas se inicia no fim do ano e se estende até maio ou junho do ano seguinte.O chefe da divisão de meteorologia do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), Ricardo Dallarosa, confirmou que as chuvas no Amazonas acima da média estão sendo registradas desde outubro do ano passado. O evento ocorre em função do fenômeno La Niña (resfriamento das águas superficiais do oceano Pacífico). A média de chuvas deve se manter para o mês de abril nas regiões centro e norte do Amazonas; para Roraima; norte do Pará e Maranhão; e centro e sul do Amapá. No Acre e oeste e sudoeste de Rondônia e Mato-Grosso, os próximos meses reservam temperaturas abaixo dos padrões.“Estamos caindo para o fim da estação chuvosa e a transição para o fim desse período deve se dar a partir de maio”, concluiu Dallarosa.

Fonte: Ambiente Brasil

terça-feira, 31 de março de 2009

Como nasce um rio?


Entenda como as chuvas se transformam em rios e as várias fases por que eles passam até desaguar no mar (clique na imagem para ampliar)
Luiz Fujita

1. Na maioria das vezes, a "gestação" de um rio começa com as chuvas em regiões montanhosas. As águas podem correr pela superfície ou infiltrar-se no solo. Outra possibilidade é ele nascer após o degelo da neve do cume de montanhas
2. As águas penetram perpendicularmente no solo, através de espaços vazios entre as rochas, até encontrar um extrato de rocha impermeável. Aí se forma o lençol freático, espécie de rio subterrâneo que pode estar a dezenas de metros de profundidade

3. O lençol freático flui subterraneamente, acompanhando o desenho do relevo, do local mais alto para o mais baixo. Com o tempo, porém, alguns pontos da superfície ficam tão desgastados pela erosão que acabam permitindo o brotamento das águas subterrâneas. É quando surge a nascente do rio
4. Acidentes geológicos, como terremotos, também podem fazer o lençol aflorar na superfície, dando origem a um manancial, o chamado olho-d’água

5. No percurso rumo ao mar, o curso d’água encontra todo tipo de terreno. Quando passa por áreas mais íngremes, torna-se uma baita corredeira e segue cavando suas margens ao desgastar o solo ao redor. Nesses trechos, ele é chamado de rio juvenil

6. Em solos menos inclinados, o "bicho amansa" e flui ao longo de meandros, que o rio vai formando enquanto erode uma margem e deposita sedimentos na outra. Quando erosão e sedimentação se equilibram, o rio é chamado de maduro

7. Se não quiser ficar pelo caminho - como no caso dos riachos temporários, que têm o leito completamente seco em algumas épocas do ano -, um rio de respeito também precisa se hidratar. Isso ocorre nos vários momentos em que ele recebe as águas de rios menores, que se tornam seus afluentes

8. Também rolam as horas de calmaria total, em que o rio quase não desgasta suas bordas, fluindo preguiçosamente enquanto deposita sedimentos por onde passa. Nessas áreas, ele acaba formando vales largos e extensas planícies, sendo chamado de senil

9. Apesar do nome - juvenil, maduro e senil -, as fases do rio não têm a ver com idade, mas com o modo de fluir. Por exemplo, se ele vem na boa, num planalto, e encontra um degrau, passa de senil a juvenil de uma vez, despencando numa cachoeira. Seja como for, vencidos os obstáculos, o rio finalmente desemboca no mar, doce mar.
Fonte: Planeta Sustentável

Água: cooperação sem guerras

Gustavo Faleiros
Certamente, você já leu alguma manchete de jornal em que a “ONU prevê guerras” na África ou no Oriente Médio em torno de fontes água doce, ou ainda ouviu o boato de que os “gringos” vão invadir a Amazônia, o maior reservatório de recursos hídricos do planeta. Pois é, se há um bordão bem conhecido na comunidade ambiental é aquele que versa sobre o potencial da água, “o petróleo do século 21”, causar conflitos de grandes proporções.

Mas nas últimas semanas, opiniões divergentes têm ganhado destaque. Um simples levantamento feito pelo Instituto Internacional de Estocolmo sobre Água (IIEA) demonstrou que existem na verdade mais exemplos de cooperação do que conflitos em torno de grandes mananciais.Em material divulgado há duas semanas, o instituto mostrou que, durante todo o século 20, trezentos acordos internacionais foram assinados para garantir uma gestão transfronteiriça de recursos hídricos. Neste mesmo período, apenas sete pequenos incidentes entre países foram contabilizados como resultados diretos da escassez de água. A própria Organização das Nações Unidas (ONU) embarcou no discurso da paz e lançou o tema “Águas compartilhadas, oportunidades compartilhadas” como mote do Dia Internacional da Água (22 de março).

Dados da organização mostram que existem no globo 263 bacias e 274 aqüíferos “internacionais”. Isso faz com que 75% de todas as nações do mundo dividam com seus vizinhos seus estoques de água. Veja na galeria de fotos abaixo exemplos de cursos d´água transfronteiriços. “Mesmo o conflito entre Israel e Palestina, que muitas vezes é citado como um exemplo de disputa por recursos hídricos, tem como um pano de fundo questões políticas e religiosas”, argumenta o pesquisador Anton Earle, do IIEA.

À mesma conclusão chegou o membro da Associação Britânica de Ciência, Wendy Barnaby. Em artigo publicado na edição eletrônica da revista Nature, ele conta que ao tentar escrever um livro sobre as “guerras pela água” suas expectativas foram totalmente frustradas. Lançando mão de uma pesquisa ainda mais detalhada, publicada em 2003 no American Journal of Water Resources, Barnaby lembra que entre 1948 a 1999, de um total de 1.831 questões sobre bacias internacionais, 68% tiveram como resultado acordos pacíficos e apenas 28% causaram rusgas diplomáticas. Os 5% restantes tiveram resultados neutros.

Leia mais.

Fonte: O Eco

segunda-feira, 30 de março de 2009

Estados dos EUA enfrentam cheias; vento pode derrubar diques

Uma tempestade de neve que deverá atingir nos próximos dias os Estados americanos de Dakota do Norte e Minnesota poderá piorar a situação dos moradores da região, que passa por sua pior inundação em 112 anos. De acordo com engenheiros, a tempestade pode gerar ondas que irão enfraquecer os diques de sacos de areia usados para proteger as cidades de Fargo - em Dakota do Norte - e Moorhead - na margem oposta, em Minnesota.
Caso os diques que têm 77 km de extensão realmente se rompam, as águas do rio Vermelho, que constitui a divisa entre ambos os Estados, poderão deixar desabrigadas cerca de 92 mil pessoas em Fargo e 35 mil em Moorhead. De acordo com a previsão, a tempestade de neve enviará 36 cm de neve, em média, à região.

"Quanto maior for a velocidade do vento, maior é a ameaça", disse Jeff DeZellar, porta-voz do Batalhão de Engenheiros do Exército americano. Segundo a previsão, os ventos irão chegar a 40 km/h - o que, para DeZellar, "é, certamente, o suficiente para criar ondas". Quanto à neve, a expectativa é a de que o rio já tenha baixado quando ela começar a derreter.
"Se você precisa abandonar sua casa, faça isso agora", afirmou o chefe de polícia de Cass, Paul Laney, nesta segunda-feira.

"Essa região é tão plana que não há para onde a água ir. Então ela continua lá, como em uma banheira com escoamento baixo", explicou o professor de engenharia civil da Universidade de Minnesota, John Gulliver.

Nos últimos dias, voluntários e militares trabalham para colocar mais bolsas de areia e cobrir falhas, fortalecendo os diques. Em Fargo, nesta segunda-feira, a maioria dos imóveis estava fechada. Desde o início das cheias, milhares de pessoas abandonaram a região, e escolas e hospitais foram esvaziados e interditados.
Fonte: Folha Online

SÉRIE VOZES DO CLIMA: Aquecimento global ameaça produção de alimentos no Brasil

Fonte: Fantástico

A nova tragédia de Santa Catarina

Marina Silva

NO FINAL de 2008, as imagens da grande tragédia de Santa Catarina impregnaram de dor e perplexidade os olhos e corações de todos os brasileiros. Enchentes acontecem, mas o impacto foi muito maior devido à destruição sistemática do ambiente no Estado, campeão nacional de desmatamento dos remanescentes da mata atlântica na última década.

Agora, mais precisamente amanhã, nova tragédia ameaça Santa Catarina e o Brasil. Desta vez ela é política. A Assembleia Legislativa votará, em meio a um megaesquema de propaganda agressiva contra os ambientalistas, projeto de lei que inacreditavelmente pretende, entre outros absurdos, reduzir a faixa de proteção das matas ciliares, nas margens dos cursos d'água, de 30 para apenas 5 metros!

Desde 2001 há iniciativas para elaborar um código ambiental estadual. Em 2006, entidades do setor produtivo recomendaram que ele se fundamentasse na "estrutura fundiária do Estado e em suas peculiaridades regionais". O que isso queria dizer vê-se agora. Ao longo de 2007, debates coordenados pelo órgão ambiental estadual (Fatma) resultaram em proposta encaminhada à Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e entregue solenemente ao governador em março de 2008.

Desde então, governo e membros da Assembleia desfiguraram de tal modo o texto que ele pode ser chamado de Código Antiambiental. Retira competências e responsabilidades dos órgãos estaduais na proteção ambiental, reduz áreas protegidas e atenta contra a Constituição e a legislação federal, numa verdadeira desobediência civil às avessas, em nome de um pretenso desenvolvimento. Bons tempos em que a desobediência civil era praticada em favor da sociedade.

Desse tipo de desenvolvimento já conhecemos os resultados, tanto no nível global quanto no local, como muito bem sabem os catarinenses que perderam suas famílias e casas nas enchentes de 2008. Aonde querem chegar? Impossível não associar o que acontece em Santa Catarina com as reiteradas tentativas, no Congresso Nacional, de mudança no Código Florestal para flexibilizar normas ambientais. Como a pressão da sociedade e a atenção da mídia nacional têm empatado essas articulações em Brasília, parte-se agora para uma estratégia de minar o código nos Estados, apostando no fato consumado de "leis estaduais" sob encomenda, que desfigurem a legislação federal.

Santa Catarina deu a senha para arrombar a porta. Agora é o momento de saber de que substância é feito o Estado brasileiro.

Fonte: Folha Online

domingo, 29 de março de 2009

A janela aberta pela crise

Aldem Bourscheit

Administrador de empresas formado pela Faculdade Getúlio Vargas, Fábio Feldmann foi eleito deputado federal por três mandatos consecutivos e foi responsável pelo capítulo voltado ao meio ambiente durante a elaboração da Constituição de 1988. Em sua atuação política, tratou de temas como lixo, alterações do clima, proteção da Mata Atlântica e de cavernas, com destaques para a criação do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas e de um projeto de lei para a Política Nacional de Resíduos Sólidos, ainda aguardando aprovação no Congresso Nacional.
Em entrevista ao blog Vozes do Clima, comenta sobre a urbanização mundial e quanto às oportunidades para investimentos sustentáveis frente à crise econômica. “O governante brasileiro ainda acha que aquecimento global deve ser tratado daqui a 20 anos”, diz.

Qual a sua avaliação sobre o atual modelo urbano?
Há um tendência praticamente irreversível de urbanização do planeta. Isso está exigindo uma atuação pública muito maior nesse processo. E essa participação se dá com a criação de condições de sustentabilidade para evitar o aumento de emissões (de poluentes), especialmente nos países em desenvolvimento. Temos que nos preparar para o aumento da urbanização e dotar as cidades, principalmente as megacidades, de condições para cortar emissões e se adaptar ao aquecimento global.

Como chegamos a essa situação?
Por absoluta omissão do poder público no mundo inteiro e incapacidade de prevenção. O Brasil é um excelente exemplo. Em São Paulo, grande parte da região metropolitana é ilegal ou informal. Mas na capital há uma tomada de consciência da sociedade como um todo sobre os riscos que a falta de intervenção pública geram para a própria sociedade. Em última conseqüência, quem paga a conta é a própria população. No caso do aquecimento global, os impactos já existem, são as enchentes, deslizamentos, furacões.

É possível reverter ou amenizar esse quadro urbano?
Sim. Existem muitas oportunidades para muitos investimentos na direção correta, em transporte público, conservação de energia, de água.

O Brasil está fazendo isso?
Não, pelo contrário. O país está enfrentando a crise (econômica global) com créditos para transporte individual sem nenhuma contrapartida de desempenho ambiental e climático. A crise deveria ser trabalhada mundialmente com aquecimento global, direcionando investimentos públicos maciços em economias de baixo carbono, transporte público eficiente, barato e não-poluidor, em conservação de energia. Essas tecnologias já existem. Precisamos de instrumentos econômicos para disseminá-las. Devemos colocar esses temas na agenda política, entendendo que esse assunto é urgente e prioritário. O governante brasileiro ainda acha que aquecimento global deve ser tratado daqui a 20 anos.

E quanto aos resíduos sólidos?
O Brasil não dispõe de uma legislação federal. A primeira proposta de lei nacional sobre resíduos sólidos é de 1991, quando eu era deputado. Pode passar 18 anos sem que o país tenha uma lei dessas? Por que essa preocupação? Por causa do metano, um gás dos mais impactantes no aquecimento do planeta.

Fonte: Fantástico - Vozes do Clima

Brasil apaga as luzes na campanha de mobilização contra o aquecimento global

Fonte: Globo - Em cima da hora

Cidades na Dakota do Norte aguardam cheia do rio Vermelho

As autoridades das cidades de Fargo e Moorhead, no estado americano de Dakota do Norte, disseram hoje que não houve rachaduras nas barragens improvisadas, mas que milhares de pessoas abandonaram suas casas enquanto esperam que passe a cheia do Rio Vermelho.
O tenente Steve Lynk, da Polícia de Fargo, contou que, na noite de ontem, recebeu poucos comunicados de problemas com as barragens improvisadas, feitas por milhares de bolsas e cestas recheadas de areia no centro da cidade.

Por sua vez, K.C. Cummings, do escritório de emergências de Moorhead, ao sudeste de Fargo, disse ao jornal "The Forum", que diversas equipes, prontas para responder imediatamente as eventuais rachaduras e quebras de barragens, foram mobilizadas durante a noite, mas não houve problemas maiores.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que decretou estado de emergência federal na região afetada pelas inundações, se referiu em seu discurso dos sábados à situação em Dakota do Norte, onde fortes nevascas causaram o transbordamento dos rios.

"No estádio de Fargo, milhares de pessoas se reuniram não para ver um jogo de futebol (americano) ou um rodeio, mas para encher bolsas de areia", disse Obama. "Os voluntários encheram 2,5 milhões de bolsas em apenas cinco dias; trabalharam contra o relógio dia e noite", acrescentou.

"Outros desafiaram o frio, o vento forte e as nevascas para levantar barragens ao longo dos rios como contenção das águas que subiram a níveis sem precedentes", destacou.
As autoridades locais preveem que a cheia do rio Vermelho, que alcança 13 metros, passará pela área de Fargo e Moorhead até amanhã.

Cerca de 1.700 soldados da Guarda Nacional ajudaram a encher as bolsas e a retirar os moradores das áreas sujeitas a inundação.
Além deles, milhares de estudantes e moradores de áreas não ameaçadas pela cheia ajudaram nos trabalhos, como voluntários.

Fonte: Portal G1