sábado, 28 de março de 2009

SÉRIE VOZES DO CLIMA: A energia que vem do lixo

Fonte: Fantástico

Mundo

Fonte: WWF

Ecobebês

Anna Paula Buchalla
Há um filão do mercado de produtos infantis que não para de crescer – é o dos equipamentos e acessórios ditos ecologicamente corretos. Ou que, ao menos, sinalizam um retorno a métodos de cuidados mais simples e naturais com o bebê.

De roupinhas orgânicas a mamadeiras de vidro e fraldas de pano, esse comércio específico alavancou em 25% as vendas de artigos para crianças nos Estados Unidos nos últimos quatro anos. No Brasil esse movimento já surge com força. No ano passado, o consumo de produtos "verdes" para os pequenos nos primeiros anos de vida teve crescimento de até 140%. VEJA consultou um grupo de especialistas e mães sobre a utilidade de tais objetos e as precauções que se devem ter ao usá-los:

ROUPAS ORGÂNICAS
O que são: peças feitas com algodão e lã puros – ou até mesmo fabricadas com fibras de bambu – cultivados sem aditivos químicos e de maneira sustentável
Por que fazem sucesso: ao contrário das malhas de algodão convencional, responsável por cerca de 25% do total de inseticidas utilizados no solo mundial, as de algodão orgânico são produzidas sem o uso de agrotóxicos. Já a fibra de bambu é totalmente biodegradável e requer menos espaço de cultivo do que o algodão
O que diz quem usa: as peças são 30% mais caras, mas não devem nada em conforto e beleza a seus equivalentes não orgânicos
O que dizem os especialistas: do ponto de vista de conforto, leveza, isolamento térmico e risco de alergias, não há diferença entre os materiais. Mas as roupas feitas com fibra de bambu costumam conter poliéster, que dificulta a transpiração do bebê. É preferível usá-las a partir dos seis meses, quando a criança já regula melhor a temperatura do próprio corpo

TUMMY TUB
O que é: uma banheira plástica em forma de balde, feita sob medida para o banho de bebês até 6 meses
Por que faz sucesso: os pediatras holandeses que a desenvolveram alegam que o formato da banheira recria o ambiente do útero da mãe, deixando a criança menos tensa durante os primeiros banhos
O que diz quem usa: a criança fica de fato mais tranquila e menos resistente ao banho. A mãe, por sua vez, fica menos tensa
O que dizem os especialistas: o ambiente estreito da banheira mantém a criança em posição fetal, dando a ela a sensação de estar protegida. A posição também pode ajudar a aliviar as cólicas, porque facilita a eliminação de gases. É imprescindível segurar o bebê pela cabeça durante todo o banho

MAMADEIRA SEM BISFENOL-A
O que é: a boa e velha mamadeira de vidro, mas com bico de polipropileno e silicone, materiais considerados inofensivos à saúde
Por que faz sucesso: pesquisas feitas em ratos associaram a exposição prolongada ao bisfenol-A – substância química usada para dar maleabilidade às mamadeiras de plástico – ao surgimento de cânceres e danos cerebrais. O bisfenol-A é liberado em quantidades muito pequenas quando o plástico é exposto a altas temperaturas, como no micro-ondas ou em banho-maria. No Brasil, o produto é liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. O que diz quem usa: apesar de ser 70% mais cara, a mamadeira de vidro é atóxica e mais fácil de limpar.
O que dizem os especialistas: seu uso é desaconselhável quando a criança começa a andar, pelo risco de quedas e ferimentos. É preciso tomar cuidado também com o superaquecimento do vidro.

FRALDA DE PANO
O que é: em lugar do plástico, usam-se algodão, flanela, malha e uma camada impermeável de poliamida
Por que faz sucesso: é uma alternativa à fralda descartável, que leva 450 anos para se decompor, contra um ano da sua versão de pano. Apesar de custarem 90% mais do que as de plástico, as fraldas de tecido podem ser lavadas e reutilizadas até 100 vezes, o que representa economia no final das contas
O que diz quem usa: lavar fraldas de pano não é tarefa das mais fáceis. É preciso deixá-las de molho para evitar manchas. A maioria das mães não aboliu completamente as fraldas descartáveis, úteis em viagens ou nas saídas com o bebê – isso evita ter de guardar a fralda suja
O que dizem os especialistas: o contato com o tecido no lugar do plástico traz mais conforto ao bebê porque permite a transpiração e reduz as assaduras. Lavadas de maneira incorreta, contudo, elas podem causar alergias e infecção urinária

SLING: FILHO EMBRULHADINHO
É assim que a cantora Claudia Leitte carrega Davi, de 2 meses
O que é: uma faixa de tecido que, ajustada ao corpo da mãe, forma uma espécie de rede para carregar bebês e crianças de até 2 anos
Por que faz sucesso: como os bebês ficam coladinhos à mãe, atribui-se ao sling o fortalecimento do vínculo entre ela e o filho. Ele teria ainda um efeito calmante sobre os bebês mais chorões
O que diz quem usa: é prático e confortável nos primeiros meses do bebê. Quando ele fica maiorzinho, por volta dos 10 meses, é preferível usar o canguru, que deixa braços e pernas livres O que dizem os especialistas: a partir de 1 ano de idade, a criança fica mais inquieta e existe o risco de queda. O sling não deve ser usado por longos períodos – o máximo recomendável é uma hora por dia. Mais do que isso, aumenta o risco de lesões na coluna da mãe.

Fonte: Veja

sexta-feira, 27 de março de 2009

OLP acusa Israel de usar água como mecanismo de controle

A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) acusou hoje Israel de utilizar a água "como parte de seu mecanismo de ocupação e controle", na comemoração palestina do Dia Mundial dedicado a esse recurso. Desde a Guerra dos Seis Dias, de 1967, "Israel exerceu o controle total sobre todos os recursos hídricos palestinos. Sua única política desde esse momento foi explorá-los disseminando entre as necessidades israelenses e palestinas", indicou em comunicado o chefe negociador da OLP, Saeb Erekat.

A distribuição de água deveria, por outro lado, "transcender a política", em vez de "estar vinculada a ela", acrescentou.A Autoridade Nacional Palestina (ANP) comemorou hoje o Dia Mundial da Água com um ato na cidade de Ramala, na Cisjordânia, quatro dia depois da comemoração oficial global. Erekat lembrou que "os palestinos consomem uma média de 60 litros de água por pessoa", um número abaixo do mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que indica um mínimo de 100 litros por pessoa ao dia.No entanto, "o consumo doméstico de água por cada israelense é mais de quatro vezes superior ao consumo dos palestinos", disse."Israel entrega água de acordo com critérios étnicos mais que com a necessidade.

A disparidade no consumo doméstico de água não tem nada a ver com o estilo de vida, e sim tem tudo a ver com acesso e entrega", acrescenta a nota. Erekat advertiu de que "a redistribuição dos recursos hídricos transnacionais é essencial para uma solução viável de dois Estados e um futuro de estabilidade política na região".

Fonte: IG - Último Segundo

Relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos traz informações sobre chuvas, eventos críticos e irrigação

Do total de pontos monitorados em 2006, a qualidade da água foi considerada ótima em apenas 9%, boa em 70%, razoável em 14%, ruim em 5% e péssima em 2%. É o que informa a Agência Nacional de Águas (ANA) nesta quinta-feira, 26, no Relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil.

Veja também:
Site oficial do Relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos
Para vizinhos, Brasil deveria ver água como direito humano

O relatório, que está em sua primeira edição e deve ser atualizado anualmente, traz informações sobre chuvas, eventos críticos, irrigação, hidroenergia e navegação, entre outras, além da qualidade da água.

Segundo o documento, do total dos 5.564 municípios brasileiros, 788, ou 14%, tiveram decretada situação de emergência devido a seca em 2007 e outros 176 (3%) devido a enchentes.

Quanto à geração de energia elétrica, o relatório afirma que a capacidade de produção do País cresceu pouco mais de 4% entre 2006 e 2007.

Além disso, o relatório também traz dados sobre a irrigação no Brasil. Segundo o documento, o País está em 16º lugar no ranking mundial, detendo pouco mais de 1% da área total irrigada no mundo, estimada em 4,6 milhões de hectares.

Fonte: estadao.com.br

O drama da água na escala global

Washington Novaes

O Fórum Mundial da Água, encerrado no último fim de semana em Istambul, com a presença de 28 mil delegados de 182 países, trouxe à tona informações dramáticas sobre esse setor no mundo, bem como recomendações para a Convenção do Clima, reuniões do G-8, governos e outras instâncias de decisão. A começar pelo fato de mais de 1 bilhão de pessoas já não terem acesso a água de boa qualidade e 2,5 bilhões não disporem de redes de coleta de esgotos. Como a população mundial continua crescendo à razão de 80 milhões de pessoas por ano, são mais 64 bilhões de metros cúbicos anuais no consumo global de água, diz o relatório Water in a Changing World, de 26 agências da ONU.
Além disso, acentua o documento, as pressões continuam crescendo: as hidrelétricas, que respondem por perto de 20% da energia no mundo, são cada vez mais solicitadas para reduzir as fontes poluidoras derivadas do carvão, do gás e do petróleo - e isso significa mais barragens quando, segundo a Comissão Mundial de Barragens, já existem 45 mil no mundo (só as com pelo menos 15 metros de altura), mais de 80% do fluxo dos rios é interrompido e vários dos grandes rios não chegam mais aos oceanos (Colorado, Amarelo e outros).
A agropecuária, que usa cerca de 70% da água, aumenta seu consumo com a demanda de alimentos (1 quilo de trigo exige de 400 litros a 1 mil litros para ser produzido, diz o documento; 1 quilo de carne, entre 1 mil e 20 mil litros; 1 litro de combustível "verde", cerca de 2,5 mil litros). Não é só. A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) lembra que, se um ser humano precisa de apenas 3 litros diários para beber, precisará de cerca de 3 mil litros por dia para produzir sua alimentação - o que pode elevar o consumo total, em casa e fora dela, para 4 mil litros por dia por pessoa.
Fonte: estadao.com.br

quinta-feira, 26 de março de 2009

Disponibilidade de água é crítica em 4 regiões

Relatório sobre a situação da água no Brasil mostra que o seu uso para irrigação cresceu 50% em dez anos (de 1996 a 2006), que 70% da água é classificada como boa e há problemas na relação entre demanda e disponibilidade do bem natural (ver tabelas) nas Regiões do Atlântico Nordeste Oriental (em 91% dos corpos de água), Atlântico Leste (70%), Atlântico Sul (59%) e São Francisco (44%). Os corpos de água dessas áreas foram classificados em situação muito crítica, crítica ou preocupante. Em outras palavras, nessas regiões poderá faltar água para atender a todos os habitantes.

Preparado pela Agência Nacional de Águas (ANA), o primeiro Relatório de Conjuntura de Recursos Hídricos no Brasil será divulgado hoje, em Brasília. A publicação, que será atualizada anualmente, é resultado da parceira da agência com os órgãos gestores estaduais, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), o Ministério das Cidades, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a Secretaria de Recursos Hídricos. A partir do dia 30, a publicação poderá ser consultada no site www.ana.gov.br

Fonte: Terra

quarta-feira, 25 de março de 2009

Livro salienta hábitos que ajudam a preservar a natureza

Um livro de fácil compreensão, destrinchando as questões ambientais para o público leigo, sejam crianças ou adultos, mostrando como o cidadão deve se comportar para evitar o desperdício de água, energia e outros recursos da natureza. Este o desafio que a bacharel em Letras e tradutora Denise Scabin Pereira e a socióloga Regina Brito Ferreira enfrentaram para escrever o livro “Ecocidadão”. “Tivemos, primeiro, de desconstruir a informação para, depois, construir de novo para que o leitor possa assimilar questões ambientais complexas”, explicou Denise, funcionária da Coordenadoria de Educação Ambiental – CEA, órgão da Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Denise e Regina passaram os últimos quatro ou cinco meses coletando informações e consultando especialistas para produzir o livro.
“Ecocidadão” é a segunda publicação da série Cadernos de Educação Ambiental, lançada em novembro de 2008 com o livro “As águas subterrâneas do Estado de São Paulo”, e que terá 19 títulos no total abordando temas como agricultura sustentável, aquecimento global, biodiversidade, consumo, ecoturismo e outros, para serem trabalhados em salas de aula e que servirão também de suporte para pesquisadores, técnicos, ambientalistas e outros profissionais, em suas atividades.

Fonte: SMA

O pior dos pesadelos na conservação

Maria Tereza Jorge Pádua

O pior dos pesadelos é assistir, em um programa dominical chamado Globo Rural, o presidente do instituto responsável pela administração das unidades de conservação da natureza no nível federal, atacar o objeto principal de sua responsabilidade. O mínimo que pode desejar aqueles que viram o depoimento do Presidente do Instituto Chico Mendes (ICMBio) é que ele seja demitido imediatamente.

As declarações de quem deveria primeiramente e mais que qualquer outro brasileiro, defender as unidades de conservação e as áreas de preservação permanente (as já bem conhecidas APPs), sobre quão injusto é se estabelecer unidades de conservação “onde tem gente” sem desapropriá-los imediatamente e; a necessidade de se mudar o Código Florestal, pareciam ser proferidas por um inimigo da biodiversidade e não por alguém que tem o dever de protegê-la e de defender as unidades de conservação, onde a biodiversidade encontra seu único porto seguro. Por que será que o Presidente, funcionário de carreira do IBAMA, e agora presidente do ICMBio, fez declarações tão renhidas contra sua própria função e tão perniciosas para o meio ambiente? Será que foi só para dar uma de “bom moço” para a TV? Será que foi pura covardia, ou, pior, será que foi de total desconhecimento do assunto?

O desavisado começou afiançando que os parques nacionais no passado “eram criados de forma arbitrária, sem se considerar as populações que viviam ou vivem dentro de seus lindes”. Esta afirmação contém uma inverdade grotesca. O Brasil, ao contrário de alguns países, se notabiliza por nunca ter tido confrontos físicos sérios em suas unidades de conservação. O fato de alguns governos, notoriamente o atual, não quererem dar os recursos suficientes para as necessárias desapropriações é só uma demonstração de descaso e de falta de prioridade com a conservação da natureza pelo Poder Público. E mais, a desapropriação das terras das unidades de conservação é a sua responsabilidade, senhor Presidente! Esqueceu?
Fonte: O Eco

Uma árvore que depende da vereda

Fonte: Globo Rural

Poços artesianos são os grandes vilões da falta de água no Sudoeste

Em épocas de pouca chuva como agora, o Rio Marrecas praticamente seca. Vistos por muitos como o grande salvador para o problema da falta de água, a perfuração descomedida de poços artesianos pode trazer sérios danos ao abastecimento de recursos hídricos. Dos cerca de 8.000 poços perfurados na região Sudoeste (Estado do Paraná), estima-se que apenas 1.100 estejam legalizados. Segundo explica o chefe do escritório regional da SEMA (Secretaria do Estado de Meio Ambiente) da região do Baixo Iguaçu (que alberga 51 municípios), Marcos Aurélio Slongo, os poços ilegais são o grande vilão para a falta de água que assola o Sudoeste. Problema foi construído ao longo da história “O uso desordenado da água se dá no período de seca que estávamos vivendo em janeiro, onde os agricultores reclamavam, mas passávamos nos postos de lavagem de carro e constatávamos que alguns lavavam os automóveis cinco vezes por semana.

Lavagem desnecessária, cinco banhos por dia que duram meia hora, as pessoas não dão o devido valor que a água merece, pois somos um país abundante, mas lá na frente isso vai repercutir”, comenta Marcos. “Os agricultores sofrem por não terem protegido suas fontes ou o rio que passava em suas propriedades, eles não têm como conseguir o uso dessa água por que muitas vezes é oneroso fazer uma irrigação na sua propriedade e acaba pagando pela falta de chuva, mas este é um problema que foi construído ao longo da história e que as pessoas devem se dar conta que ele existe e começar a modificar suas atitudes”, explana.
Fonte: Aqui sudoeste

terça-feira, 24 de março de 2009

Fórum quer gestão da água adaptada ao aquecimento

Os participantes do Fórum Mundial da Água, concluído no dia 22 de março em Istambul - Turquia, destacaram a importância da gestão dos recursos hídricos adaptada às mudanças climáticas e a outras alterações que terão impacto no abastecimento.

A Declaração de Istambul, ratificada pelos representantes de 190 países, considera "vital" que a gestão da água leve em consideração o rápido crescimento populacional, as migrações e a urbanização desenfreada, além do aquecimento global.

O documento, porém, não incluiu a água como direito humano, como reivindicavam entidades, após veto de pelo menos quatro países, incluindo o Brasil. O texto final reconhece apenas "que o acesso à água potável e ao saneamento é uma necessidade humana básica".

Os ministros que participaram do evento enfatizaram ainda a necessidade de se alcançar as Metas do Milênio para 2015 "o mais rápido possível" e, com isso, melhorar o acesso à água limpa, saneamento e higiene, além do bom estado dos ecossistemas.

Um ponto importante, diz o texto, é a necessidade de responder aos desastres, tanto os naturais como os causados pelo ser humano, e que são muito frequentes, como inundações e secas. Há ainda no documento destaque para a importância de colocar em mesas de negociação as estratégias financeiras e sustentáveis para apoiar os países em desenvolvimento.

Durante toda a semana passada, cerca de 25 mil participantes debateram sobre o tema.

Fonte: O Estado de São Paulo

O pensamento ambiental de Lula

Não fosse uma contradição em termos, a frase a seguir resume bem o pensamento do presidente da República sobre a questão ambiental; foi dita numa entrevista exclusiva à Rádio Jornal, de Recife:

"Eu digo todo dia o seguinte: se Juscelino Kubitschek fosse presidente da República hoje, com a quantidade de lei que nós criamos, com a quantidade de mecanismos que nós criamos, se o Juscelino resolvesse 'eu vou fazer Brasília', hoje, ele ainda não teria conseguido licença-prévia para fazer a pistazinha para descer o seu teco-teco. Porque está tudo muito difícil para fazer uma obra neste país, tudo muito difícil. Porque você tem meio ambiente nacional, meio ambiente estadual, você tem Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal, você tem... é uma quantidade de gente para dar palpite que a gente termina levando muito mais tempo."

Parece que o presidente está com a questão ambiental "transversalizada" na garganta.

Fonte: Ciência em Dia

segunda-feira, 23 de março de 2009

Poluição do ar mata dois milhões de pessoas por ano

Fonte: TV UOL

Empresas roubam areia de rios na região metropolitana de Porto Alegre

Fonte: Bom dia Brasil

Rios Voadores revelam importância da Amazônia

“De onde vem a nossa água?” Essa foi a pergunta que motivou o casal Gérard e Margi Moss a começar a terceira fase do projeto Brasil das Águas - depois de terem realizado um estudo completo sobre a qualidade das águas brasileiras na primeira etapa e feito um trabalho de conscientização com a população ribeirinha sobre a importância da preservação dos rios. De agosto de 2007 a março deste ano, eles percorreram, em seu avião monomotor, juntamente com uma equipe de especialistas do CENA – Centro de Energia Nuclear e do CPTEC/INPE – Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, a trajetória dos vapores de água que saem do Oceano Atlântico, chegam à Amazônia, são “reciclados” e distribuídos para o restante do território brasileiro e da América Latina, até o limite da cordilheira dos Andes.
Batizadas de Rios Voadores, essas correntes de vapor d’água também deram nome ao projeto. A bordo, nas doze expedições realizadas, ia também um equipamento com tecnologia inovadora, desenvolvido pelo CENA, que coletava amostras de vapor d’água, transformando-as em gotículas, que eram posteriormente analisadas por uma equipe de cientistas e acabaram por responder à pergunta inicial. O trabalho é pioneiro no mundo e ajudam a aumentar o entendimento sobre os processos meteorológicos, assunto ainda pouco estudado no Brasil. Com a quantidade de dados coletados nas mais de 1000 amostras de gotículas de água durante um ano e meio de trabalho, ainda é possível se chegar a muitas conclusões daqui em diante.
De todo modo, os primeiros resultados são claros ao revelar os impactos que a existência da floresta amazônica exerce sobre o clima e a quantidade de chuvas no restante do país, especialmente nas regiões Sul e Sudeste, assim como em outros países da América do Sul.


Fonte: Planeta Sustentável

SÉRIE VOZES DO CLIMA: os efeitos do aquecimento global no Brasil

Fonte: Fantastico

SÉRIE VOZES DO CLIMA: Por dentro do clima numa grande cidade

Fonte: Fantastico

Licenciamento ambiental terá novas regras

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, implementará uma série de mudanças no licenciamento ambiental que envolvem as hidrelétricas, o petróleo e o gás. Minc defende também planos do governo que são vistos com reservas por ambientalistas como o de habitação e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Para o ministro, casas populares de boa qualidade trazem ganhos ambientais e o PAC é um programa bom para o meio ambiente.

O ministério realizará mudanças profundas no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e no Instituto Chico Mendes, além de reconhecer que existe corrupção em licenciamentos ambientais. Minc ataca ambientalistas que que "sentem vergonha" em dar licença ambiental. "Tem ambientalistas amigos, que são secretários, que quando dão uma licença rezam vários padres-nossos e aves-marias, como se estivessem cometendo um crime, um pecado mortal".

Leia mais.
Fonte: Gazeta Mercantil

Mundo está longe de acesso à agua potável, diz relatório da ONU

Meta da ONU é reduzir pela metade o percentual da população sem acesso sustentável a fonte de água potável até 2015

O acesso a serviços como água potável e saneamento básico continua inadequado na maior parte dos países em desenvolvimento de acordo com o 3º Relatório das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Mundial dos Recursos Hídricos, divulgado no 5º Fórum Mundial da Água, que termina neste domingo (22), em Istambul, na Turquia.
Se o cenário atual for mantido, cerca de cinco bilhões de pessoas - ou 67% da população mundial - vão continuar sem esgotamento sanitário em 2030. Dessa forma, a perspectiva de alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) relativos à água em 2015 é ao mesmo tempo promissor e alarmante. De um lado, a atual tendência leva a crer que 90% da população terá acesso a boas fontes de água potável no prazo estipulado. De outro, o progresso em termos de esgotamento sanitário, deve continuar insuficiente.

O objetivo estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2000 é reduzir pela metade, até 2015, o percentual da população sem acesso sustentável a uma fonte adequada de água potável e a saneamento.

África
No que diz respeito à água potável, o mundo está próximo de alcançar as metas estabelecidas nos ODM, a não ser pela África Sub-Saariana, onde cerca de 340 milhões de pessoas ainda não têm acesso ao recurso natural.Contudo, os países ainda estão longe de alcançar o objetivo de saneamento. Só na África, meio bilhão de pessoas não têm acesso a esgotamento sanitário. De acordo com a ONU, os esforços devem ser redobrados para superar esse atraso.Segundo o relatório, a ligação entre pobreza e recursos hídricos é obvia, pois o número de pessoas que vivem com menos de US$ 1,25 por dia coincide, quase que totalmente, com o número daqueles que vivem sem água potável. O principal impacto dessa situação é observado na saúde, de acordo com o documento. Quase 80% das doenças em países em desenvolvimento estão associadas à qualidade da água e causam cerca de três milhões de mortes por dia.

Fonte: Abril.com

domingo, 22 de março de 2009

Dia Mundial da Água é comemorado neste domingo

Fonte: Uol Notícias

Desequilíbrio ameaça fontes naturais de água

Fonte: Bom dia São Paulo

Como funciona uma casa sustentável

Introdução à casa sustentável
Por volta do mesmo período, todos os meses, milhões de pessoas abrem suas caixas de correio à procura de uma carta ou suas revistas favoritas, mas encontram apenas contas de luz, água, gás e telefone, todas conspirando para tomar seu dinheiro. Mas e se houvesse um modo de se livrar da compra desses serviços e produzir sua própria energia? Bom, existe um modo. Livrar-se do sistema convencional de abastecimento de energia e água tem sido uma escolha cada vez mais popular para quem quer reduzir suas emissões de carbono e declarar independência dos combustíveis fósseis.

Abrir mão do sistema convencional de abastecimento de energia pode ser a saída para poupar seu dinheiro.

Algumas pessoas decidem permanecer parcialmente fora do sistema convencional através de um suprimento próprio de eletricidade e se livrando da linha telefônica, enquanto continuam dependentes dos sistemas de água e esgoto da cidade. Outros escolhem não depender de nenhum desses serviços, cavando poços ou usando uma cisterna para a coleta de água. Assim as contas de água desaparecem. Um tanque séptico, por sua vez, cuida do esgoto.
É impossível calcular exatamente quantas pessoas nos Estados Unidos vivem em casas autosuficientes, mas, em 2006, a revista Home Power estimou que mais de 180 mil casas têm suprimento independente de energia. E outras 27 mil usam energia solar e eólica.

Já no Brasil não existem dados específicos sobre o número de casas sustentáveis. Porém, há alguns projetos em andamento, como a Casa Solar Eficiente, desenvolvida pelo Centro de Referência para Energia Solar e Eólica Sérgio de Salvo Brito (Cresesb), na Ilha do Fundão (RJ).
Neste artigo, vamos ver o que é necessário para não depender do sistema de abastecimento de água e luz, aprender sobre energia solar e eólica e ver as mudanças que envolvem viver fora "do sistema".

Fonte: Como tudo funciona

Pode faltar água, diz relatório do aquífero

Hoje, Dia Mundial da Água, a população de Ribeirão Preto e região deve repensar a forma como usa esse recurso ou as próximas gerações podem ficar sem ter o que consumir. É o que aponta o relatório do Projeto Sistema Aquífero Guarani, executado de março de 2003 a fevereiro de 2009 com a proposta de promover a gestão e o uso sustentável da água.

Na última terça-feira, uma expedição promovida pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Sapucaí-Mirim, levou um grupo de técnicos e estudantes para conhecer as formações predominantes no aquífero, como a formação Botucatu, na serra das Rosas, na estrada de Franca. A expedição também conheceu o poço artesiano de Patrocínio Paulista, inaugurado em dezembro de 1996.O Aquífero Guarani é um reservatório natural de rochas que absorvem e retêm a água subterrânea.

Ele se estende pelo território da Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Atualmente, a captação de água do aquífero na região de Ribeirão é quase duas vezes maior que a taxa de renovação. Ou seja, todo ano é retirada muito mais água do aquífero do que a água absorvida. Dessa forma, o meio ambiente não tem tempo de repor o que foi retirado e a água subterrânea se torna cada vez mais escassa. Segundo o estudo, a demanda anual da cidade foi estimada em 80 bilhões de litros por ano e a recarga anual é de 46 bilhões. Atualmente, a cidade não é autossustentável em termos de recursos hídricos.

A taxa de consumo diário da população é de aproximadamente 400 litros por habitante, mas pode chegar a 600 litros. Esse gasto está muito acima do consumo ideal por habitante que garantiria a sustentabilidade, de 230 litros por dia."A prefeitura tem em torno de cem poços para abastecer a população, mas existem mais de 300 postos privados. A retirada de água é muito grande e, por isso, estamos monitorando a maior parte dos poços junto com o Estado para garantir o uso consciente da água", diz o secretário municipal do Meio Ambiente, Joaquim Rezende.

Segundo ele, a prefeitura está cadastrando os poços já utilizados e impedindo que sejam abertos outros.Segundo Paulo Puccinelli, coordenador do Comitê da Bacia Hidrográfica do Sapucaí-Mirim, o Aquífero Guarani pode ser dividido em duas partes, uma mais externa, a parte aflorante, e outra mais subterrânea, a parte aflorada. "Na parte aflorante, a gente consegue fazer uma recarga sustentável, ou seja, tirar apenas o que a gente tem como repor. Se a gente fizer assim, é possível ter água ali para o resto da vida", afirmou.

Fonte: Folha Ribeirão

Estudo vê risco de colapso de água em SP

Estado deve inaugurar no ano que vem um reservatório em Suzano para ampliar a oferta de água na Grande São PauloPrincipais causas apontadas pela queda na água disponível são superexploração e degradação das represas, causada pelo assoreamento.

Em cinco anos, a capacidade de abastecimento de água na Grande São Paulo caiu 5.100 litros por segundo, perda que representa volume suficiente para abastecer 2,5 milhões de pessoas por dia. Cada morador da Grande São Paulo consumiu em 2008, em média, 62.780 litros de água tratada.A conclusão é de um estudo realizado pela Fusp (Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo), que aponta "iminência de colapso de abastecimento", levando em conta ainda que a demanda, segundo a Secretaria Estadual de Energia e Saneamento, vem subindo 500 litros por segundo ao ano.Entre 2002 e 2007, segundo o estudo, concluído em 2008, a chamada disponibilidade hídrica -que inclui água para abastecimento público, industrial e irrigação- caiu de 72,9 mil para 67,8 mil litros por segundo.

A condição é especialmente preocupante, conforme avaliação da secretária Dilma Pena (Energia e Saneamento), porque a Grande São Paulo, que já "importa" da bacia do rio Piracicaba metade da água que utiliza, praticamente esgotou seus próprios mananciais."Nossa disponibilidade está quase totalmente comprometida. Os mananciais foram ou estão sendo todo aproveitados, estão se esgotando", diz Dilma.

Novo sistema
Para ampliar o sistema de abastecimento, deve ser inaugurado em 2010 o sistema de Taiaçupeba, em Suzano, que ampliará a oferta em mais 5.000 litros por segundo -suficiente só para recuperar as perdas acumuladas desde 2002.Também está em estudo o aproveitamento do sistema São Lourenço, na região de Juquitiba, com potencial para 4.700 litros por segundo. Explorado esse sistema, acabam as opções. As causas apontadas pela queda na água disponível vão desde a superexploração quanto à degradação das represas, causada principalmente pelo assoreamento.

Cada habitante da Grande SP tem até 201 mil litros de água por ano, menos de um décimo dos 2,5 milhões usados como referência pela Organização Mundial da Saúde para regiões autossustentáveis. O Ceará tem 2,2 milhões de litros por ano, a Paraíba, 1,3 milhão de litros por ano e o Rio de Janeiro, 2,18 milhões de litros por ano.Embora haja hoje um relativo equilíbrio entre oferta e demanda, trata-se de uma equação frágil, pois uma seca prolongada levará à falta de água, avalia o superintendente de produção da Região Metropolitana da Sabesp, Hélio Castro."É bastante preocupante a situação por causa da baixa disponibilidade. Já trazemos de outra bacia [do Piracicaba] 50% da água. Não tem jeito, dois anos de seca já afetariam [o abastecimento]", diz Castro.Para ele, caso não haja problemas, o sistema atual deve suportar até dez anos. "Mas até lá teremos disputa pela água com outras regiões. Teremos percalços políticos a enfrentar", diz o superintendente.

Castro fala em política porque já em 2014 a Grande SP, que importa água da bacia do Piracicaba, terá que renovar a outorga (espécie de acordo que divide a água do Piracicaba) e a região de Campinas já convive com escassez que afeta seu crescimento econômico."Já tivemos indústrias que vieram sondar, mas as grandes consumidoras de água têm problemas para se instalar aqui", diz Dalto Fávero Brochi, secretário-executivo do consórcio de cidades da bacia do Piracicaba.

O Estado atua em três frentes para adiar o possível "colapso" alertado pela Fusp: combater perdas por vazamentos na rede e outras causas -que caíram de 30,1% (1999) para 28,5% (2008)-, incentivar a economia e buscar novas fontes a até 300 km de distância.A Secretaria de Saneamento e Energia contratou a empresa Cobrape, por R$ 3 milhões, para avaliar a possibilidade de captar água do Vale do Ribeira, das represas de Jurumirim (rio Paranapanema) e Barra Bonita (Tietê) e do aquífero Guarani, a maior reserva subterrânea do planeta, a partir de Botucatu.A ambientalista Marussia Whately, coordenadora do programa de mananciais do ISA (Instituto Socioambiental), defende que, antes de qualquer nova obra, a Sabesp combata as perdas na rede de distribuição.Das perdas, de acordo com a Sabesp, 63% referem-se aos vazamentos, enquanto o restante é de submedição e fraudes.

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Demanda maior por água preocupa Sabesp
Frases
Governo pretende importar água de outras regiões para SP
Redução de perdas na rede e recuperação de mananciais são vistos como solução
Fonte: Folha Online

No Dia Mundial da Água, humanidade está preocupada com a substância

Definida no Aurélio apenas como “líquido incolor e inodoro, composto de hidrogênio e oxigênio”, a água acaba passando desapercebida no cotidiano como uma das substâncias mais importantes do planeta. Além de ser o principal constituinte do corpo humano, a famosa H20 é responsável pela vida de quase todas as espécies da Terra, além de atuar na regulação da temperatura da mesma. Neste domingo, comemora-se o Dia Mundial da Água. E não há motivos para celebrar. Em várias partes do mundo, as pessoas estão sem acesso adequado à água. E o quadro só tem piorado com o passar dos anos.
Segundo dados da Unesco, a África é o continente onde o problema é maior. São 340 milhões de pessoas sem acesso a água potável e 500 milhões sem saneamento básico adequado. Isto sem contar que essa situação pode se agravar ainda mais com os problemas ambientais enfrentados pelo planeta, como a poluição e o aquecimento global.
Segundo o Greenpaece e as Nações Unidas, existe uma necessidade iminente de se proteger os oceanos. Atualmente, apenas 1% das áreas oceânicas do planeta está protegido nas chamadas AMPs (Áreas Marinhas Protegidas). A ONU defende que este número tem de subir para 30% a longo prazo. O Greenpeace vai mais longe, declarando uma necessidade de proteger 40% das áreas marinhas do planeta. Dados bem altos para uma humanidade que parece não ter noção da dimensão do problema.
– Posso dizer que a situação da água no mundo é extremamente preocupante. Já há várias áreas do planeta onde a água está escassa, devido à poluição e ao esgotamento das fontes naturais – alerta o diretor/presidente do Instituto Brasil PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), Haroldo Lemos. – Segundo dados da ONU, em 2023 já teremos cerca de 23 países sem água.

Prenúncio de guerra
Com a falta de água no mundo, a poluição dos mares, lagos e rios e o agravamento das mudanças climáticas, é esperado que se forme uma tensão entre alguns países à respeito do tema. Tal problema poderia desencadear até um conflito bélico, na visão de estudiosos e pessoas diretamente ligadas ao assunto.
– É perfeitamente possível que um dia tenhamos uma guerra por água. A própria ONU já admitiu isso – comentou Haroldo Lemos. – Outra coisa que pode acelerar este processo é o fato de todos os modelos matemáticos dizerem que, no futuro, teremos mais chuvas nas regiões temperadas e menos nos trópicos. Ou seja, os países menos desenvolvidos podem ter menos água ainda e isso pode gerar um conflito.
Esta semana, foi realizado, em Istambul, o Fórum Mundial da Água. Dele participaram autoridades e representantes de entidades competentes de diversos países. Um dos representantes brasileiros foi José Machado, presidente da Agência Nacional de Águas. Apesar das trocas de experiência e cooperação, o encontro serviu para deflagrar a enorme diferença na questão da água entre países desenvolvidos e nações em desenvolvimento.
– Existem países que estão em posição de vanguarda, como Espanha e França. A União Européia como um todo está muito bem, assim como a Austrália. O Brasil está nesse batalhão de vanguarda, embora ainda enfrentemos problemas – opinou o presidente, que confirmou que a África e parte da Ásia são as zonas mais críticas do planeta.

Fonte: JB Online

Sem gestão haverá conflitos em breve

Para Benedito Braga, acordos entre países têm sido eficazes, mas há risco de confronto pelo domínio de recursos hídricos. Braga propõe fundo para estimular saneamento em país pobre. Vice-presidente do Conselho Mundial da Água, organizador do Fórum Mundial da Água, Benedito Carvalho defende a "gestão eficiente dos recursos hídricos do planeta" e diz que, se isso não for feito agora, a escassez de água potável poderá gerar conflitos em um "futuro próximo".

Braga alerta que os investimentos para garantir acesso a água e saneamento têm ficado aquém dos compromissos assumidos pelos países até 2015 nas Metas do Milênio.

Integrante da diretoria da Agência Nacional de Águas (ANA), ele afirma que o Brasil não deve atingir a meta de saneamento, como a maioria dos países em desenvolvimento que assinaram o documento das Nações Unidas. Apesar disso, o professor licenciado de Engenharia Ambiental da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) revela otimismo em relação ao futuro. "Acredito na ciência e na tecnologia."

De que forma a crise mundial influencia a discussão sobre a escassez de água potável no mundo?Fazer uma correlação implica especulação. Mas podemos dizer que a globalização tem impacto direto na gestão de águas. Importar e exportar alimentos significa levar água de um país para o outro, mesmo que indiretamente. É a chamada água virtual. Em vez de dessalinizar a água, irrigar o deserto e produzir grãos, como trigo, a Arábia Saudita prefere importar a água virtual de países com melhores condições hidrológicas, como o Brasil e a Argentina. Na verdade, a crise minimiza o problema, ao diminuir a demanda.

A água já ganhou status político tão poderoso como o do petróleo? Não diria como o petróleo, mas a água já atingiu um nível político importante, em todos os países. Prova disso é a grande quantidade de chefes de Estado presentes no Fórum Mundial da Água de Istambul. Se considerarmos que não há substitutos para a água, essa importância poderia ir além do petróleo, que pode ser trocado, por exemplo, pelo etanol. A água é vital.

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Fonte: estadao.com.br