sábado, 5 de dezembro de 2009

Rios de SP: empresa banca prejuízos causados ao Rio Pinheiros

Fonte : SPTV

Cooperativa cria barragens e beneficia assentamentos

Uma tecnologia já conhecida pelos engenheiros agrônomos do Rio Grande do Norte vem beneficiando cada vez mais assentamentos no Estado. A Cooperativa de Serviços Técnicos do Agronegócio (Coopagro), de Natal, implantou 15 Barragens Subterrâneas com Lona Plástica em sete assentamentos para prolongar o período chuvoso do solo e permitir, portanto, uma maior possibilidade de plantios para os agricultores.

“A água se infiltra no solo e fica retida na lona, que funciona como um barramento para reter essa água. É uma forma de prolongar o período chuvoso daquela região, dando a oportunidade para o assentamento plantar milho e feijão, por exemplo”, explicou o engenheiro agrônomo Fernando Viana. Um dos benefícios a serem destacados é a possibilidade de o sertanejo aproveitar melhor os recursos dos quais dispõe, já que a falta de chuvas muitas vezes impossibilita esse aproveitamento.

O produtor que instalou o sistema amplia a produção a cada ano, o que gera renda para a família com a venda dos excedentes. Além de permitir o plantio de pequenas culturas durante a estiagem, a técnica possibilita o plantio de diversas culturas, incluindo batata-doce, grãos e pasto para o gado, além da escavação de poços para suprir a necessidade de água da família e dos animais

“Esse projeto já existe há bastante tempo e, em cada Estado, vão sendo feitas as adaptações necessárias àquela realidade. Aqui, a Emater (Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do RN) já vem fazendo um bom trabalho com isso e nós implantamos 15 barragens em sete assentamentos na área do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária do RN)”, acrescentou Fernando Viana. Essas barragens têm cunho didático, ou seja, foram construídas com o intuito de ensinar os produtores a construírem suas próprias barragens.

No Estado, a barragem que merece destaque é de Uirapuru, no município de Tangará. Foi construída a barragem, com lona plástica de 200 micras, em uma extensão de 32 metros e em uma profundidade variável entre 1,7 e 1,9 m. Foi com a apresentação desse projeto, que a Coopagro ganhou o prêmio Fundação Banco do Brasil (FBB) de Tecnologia Social de 2009.

A cada dois anos, a FBB lança um concurso para selecionar tecnologias de impacto social na cidade em que foram utilizadas. A Coopagro concorreu na categoria de Gestão em Recursos Hídricos, contra outras cem instituições de todo o Brasil. Juntamente com outras oito técnicas, a iniciativa recebeu R$ 50 mil, dois mil folders e um DVD, produzidos pela Fundação BB para incentivar a disseminação do projeto. O prêmio foi anunciado no dia 24 de novembro, em Brasília. “Um grande desafio da ciência é fazer bem feito”, concluiu Fernando Viana.

Fonte: Tribuna do Norte Online

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Audiência pública debate diretrizes para outorga do direito de uso de recursos hídricos

Uma audiência pública debaterá nesta sexta-feira (3/12), as 8h30, no auditório do BRB da 410/411 Sul, diretrizes e critérios para requerimento e obtenção de outorga do direito de uso dos recursos hídricos por meio de canais em águas de domínio do Distrito Federal ou delegados pela União.

Essas normas tem como objetivos promover o uso racional, reduzir os conflitos entre os usuários e evitar prejuízos à qualidade da água. A má distribuição e a precariedade das instalações dos canais que recolhem água dos rios podem trazer uma perda substancial de até 80% do produto canalizado.

A Agência Reguladora de Águas e Saneamento do Distrito Federal (Adasa), que define essas diretrizes, vem enfrentando o problema dos chamados “canais” desde junho de 2005. Construídos sem a observância das orientações técnicas, a maioria deles não possui estruturas adequadas de funcionamento e gerenciamento.

A falta de critérios para o uso da água vem gerando conflitos entre os usuários desses canais em várias comunidades rurais – Núcleo Rural de Sarandi, Rajadinha, Barro Preto, São José, entre outros. Esses conflitos não ocorrem pela escassez da água, mas pela falta de compartilhamento entre aqueles que a usam.

Fonte: Correio Brasiliense

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Cai em 90% a captação de água pelo setor sucroenergético paulista desde os anos 70

O uso cada vez mais racional e eficiente de recursos hídricos por empresas do setor sucroenergético paulista vem reduzindo a quantidade de água captada ao longo dos últimos 30 anos. Nos anos 70, a captação média pelo setor era entre 15 a 20 metros cúbicos por tonelada produzida e em 2005, observou-se uma média de dois metros cúbicos por tonelada. É o que aponta o Manual de Conservação e Reuso de Água na Agroindústria Sucroenergética, lançado nesta quarta-feira (02/12), em São Paulo.

“A água é a principal commodity que o Brasil detém e a que possibilita ocupar uma posição de liderança na produção de alimentos, fibras, rações e agroenergia. É fundamental cuidar muito bem deste patrimônio”, afirmou o presidente da UNICA - União da Indústria de Cana-de-Açúcar -, Marcos Jank, durante o lançamento oficial do manual.

O presidente da ANA -Agência Nacional das Águas - José Machado, que também estava no evento frisou a importância do Manual para uma conscientização mais ampla sobre a importância da gestão dos recursos hídricos. “O Brasil tem uma política para os recursos hídricos, já desenhada e bem encaminhada, mas que ainda não está totalmente desenvolvida. O Manual será importante para a sequência desse trabalho”, disse.

O manual foi desenvolvido por especialistas do CTC - Centro de Tecnologia Canavieira -, com coordenação do pesquisador André Elia Neto e apoio da UNICA, ANA e da Fiesp - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo - e levou três anos para ser concluído. Ele traz informações sobre o gerenciamento de recursos hídricos voltadas à adoção e utilização de processos industriais alinhados aos conceitos do desenvolvimento sustentável e da eficiência do uso da água.

Segundo o pesquisador Elia Neto, o Brasil tem entre 12% e 15% dos recursos hídricos superficiais (rios e lagos) do mundo. Porém, essa vantagem não está bem distribuída pelo território brasileiro devido às irregularidades climáticas no Sertão do Nordeste, ao crescimento exagerado do consumo e à degradação ambiental nas regiões mais desenvolvidas.

Fonte: Portal Globo Rural

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Ranking ambiental "reprova" 61 cidades

Municípios da região não alcançaram nota mínima para obter o certificado da Secretaria de Estado do Meio Ambiente

Sessenta e uma cidades da região, de 81 avaliadas, foram "reprovadas" no ranking ambiental divulgado ontem pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente. Esses municípios não atingiram a nota mínima de 80 (escala de 0 a 100) para receber o selo de qualidade.

O certificado "Município Verde Azul" avalia em que medida as cidades cuidam do tratamento de esgoto e da coleta de lixo, recuperam a mata ciliar de córregos e combatem a poluição do ar, entre outros.

Foram avaliados neste ano 563 dos 645 municípios do Estado e premiados 156. Em 2008, foram aprovados apenas 44 de 332 avaliados.

Santa Rosa do Viterbo foi a cidade melhor avaliada da região neste ano, com nota 92,77, a 14ª melhor do Estado.

Ribeirão, que no ano passado foi reprovada com a nota 48, recebeu o selo desta vez: alcançou nota 86,75. Além dela, outras 4 cidades entre as 10 maiores ganharam o certificado, entre elas Araraquara e Franca.

Entre os municípios "reprovados" está São Carlos, com nota 51,80. A nota mais baixa na região foi a de Barrinha (21,66) -a secretaria apontou problemas com o tratamento de esgoto e com as matas ciliares (vegetação que acompanha os cursos d'água). A segunda pior foi Pedregulho, com 23,55.

Na avaliação do gerente do projeto Município Verde Azul, Ubirajara Guimarães, a maior dificuldade da região está na conservação da mata ciliar. "Embora os índices sejam melhores do que os do oeste paulista, ainda é preciso recuperar as matas ciliares."

A prefeita de Ribeirão, Dárcy Vera (DEM), disse que, devido à baixa nota de 2008, trabalhou desde janeiro para melhorar os indicadores verdes da cidade.

Uma das mudanças foi no tratamento do esgoto. Até o ano passado, 91% do esgoto era submetido a tratamento, proporção que subiu para 97,54% -a obra começou no governo anterior de Welson Gasparini e terminou em junho deste ano.

O promotor do Meio Ambiente, Marcelo Pedroso Goulart, não concorda com o prêmio dado à cidade. "Eu não daria selo verde para Ribeirão. Ainda há as queimadas urbana e rural, problemas com mata ciliar e entulho", disse. Goulart diz que a ideia do certificado é positiva, mas os critérios deveriam ser melhor esclarecidos.

São Carlos

Em São Carlos, pior avaliada entre as quatro maiores cidades, apenas 65% do esgoto é tratado. O coordenador do Meio Ambiente, Paulo Mancini, diz que a estação de tratamento que começou a funcionar neste ano deve elevar o percentual para 98,99% em 2010.

A Prefeitura de Pedregulho questionou a avaliação. Segundo o engenheiro agrônomo da prefeitura Nelson Barbosa, 95% do esgoto da cidade é tratado e há projeto de recuperar a mata ciliar.

Araraquara subiu na pontuação e obteve nota 88,12, a maior entre as quatro cidades mais populosas da região. O prefeito Marcelo Barbieri (PMDB) atribuiu o desempenho ao esforço no tratamento de esgoto e de lixo. Atualmente, 99% do esgoto é tratado. O desafio, para ele, é aumentar a coleta de lixo reciclável, que hoje é de 20%.

O município de Franca (nota 83,05) trata 98% do esgoto. Os focos em 2010 serão a arborização, a coleta seletiva e a educação ambiental.

Fonte: Folha Online (Ribeirão Preto)

Gestão ambiental no Norte do Minas é modelo para chineses

Uma comitiva formada por oito chineses, representantes da Haihe River Water Conservancy, do Ministério de Recursos Hídricos da China esteve, nesta segunda-feira (30), no Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema), em Belo Horizonte. A visita teve o objetivo de conhecer o Programa Nacional de Desenvolvimento de Recursos Hídricos (Proágua) que, em Minas Gerais, é gerenciado pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam).

Além de conhecer o programa, a delegação veio ao Brasil para entender como o programa está sendo administrado pelas coordenadorias estaduais. Em Minas, a ideia é trocar experiências relacionadas à gestão do semiárido e saber quais os principais projetos desenvolvidos em articulação com o Proágua Nacional. Durante o encontro, os asiáticos puderam ver, também, como são gerenciados os recursos para financiamento dos projetos implementados pelo Igam e os desafios para implantação de infraestruturas hídricas.

A visita da delegação foi intermediada pelo Secretário de Assuntos Internacionais da Associação de Intercâmbio Econômico e Cultural Brasil – China, Paulo Henrique Miranda. Para ele, o encontro poderá estreitar as relações entre os dois países. “Considerando a vasta experiência do Igam e seu indiscutível histórico de credibilidade para a utilização racional dos recursos hídricos da região, acreditamos que essa visita possa ser uma excelente oportunidade para aumentar as relações de cooperação e amizade entre os povos da China e do Brasil”, afirmou.

O secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos Carvalho, recebeu a delegação e apresentou os trabalhos realizados pelo Sisema na gestão de recursos hídricos. Ele também ressaltou a importância do encontro. “Essa visita mostra que estamos no caminho certo e que a gestão dos recursos hídricos desenvolvida pelo Governo de Minas é uma referência”, disse.

O Sistema Norte do Proágua abrange a região Norte do Estado, nos municípios de Janaúba, Januária, Mato Verde e Rio Pardo de Minas. As ações têm como base a construção e ampliação de sistemas de abastecimento de água em sedes municipais e nas localidades rurais, constituídas por unidades de captação de água por meio de poços tubulares profundos, captação em cursos de água ou em pequenos barramentos, construção de adutoras de água, estações elevatórias, unidades de tratamento de esgoto simplificado, redes de distribuição de água tratada, ligações prediais e módulos sanitários. As ações beneficiam uma população aproximada de 130 mil habitantes.

Fonte: Agencia Brasileira de Noticias

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Mais da metade das escolas brasileiras não tem acesso à rede de esgoto

Uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas, a pedido do Instituto Trata Brasil, aponta que apenas 39,58% das escolas brasileiras têm acesso ao serviço de coleta de esgoto.

O estudo “A Falta que o Saneamento Faz” ainda revela que a falta de saneamento pode afetar o rendimento, reduzindo 18% o aproveitamento escolar das crianças.

Cerca de 200 crianças morrem por mês no Brasil em decorrência de doenças relacionadas à falta de saneamento, segundo um outro estudo realizado pelo Instituto, em 2008. As mais afetadas são as crianças entre 1 e 6 anos de idade.

“Enquanto alguns cogitam programas como o ''um computador por criança'', inspirado na iniciativa americana OLPC (One Laptop Per Child), propomos a iniciativa ''PDF - uma privada decente por família'', destacou o coordenador do Centro de Políticas Sociais da FGV, Marcelo Neri.

A situação mais preocupante acontece em Porto Velho (RO), onde apenas 9,3% das escolas contam com o serviço. Macapá (AP) e Boa Vista (RR), também figuram nas últimas colocações do ranking brasileiro de escolas sem coleta de esgoto, com 14,9% e 31,4%, respectivamente.

A capital mineira, Belo Horizonte, lidera a lista, 99,6% das instituições de ensino estão ligadas à rede de esgoto. Vitória (ES), conta com 97,7%; Rio de Janeiro (RJ), 97%; e São Paulo aparece em sexto lugar, com 93,7% das escolas conectadas.

Para a realização da pesquisa, foram avaliados os dados do último Censo Demográfico, da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), do Censo Escolar e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2008.

Fonte: Ambiente Brasil

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Comunidades indígenas elaboram Carta Pelas Águas em encontro na Bahia

Neste sábado, 28, grupos indígenas apresentaram a Carta Pelas águas, durante o Encontro das Águas, realizado em Santa Cruz Cabrália, no Extremo Sul da Bahia.

As propostas das comunidades para preservação das bacias e rios foram elencadas no documento que contém, ainda, as necessidades desses grupos. A carta será enviada ao governador do estado, Jaques Wagner.

Durante o encontro, promovido pelo Instituto de Gestão das Águas e Clima, INGÁ, foram conhecidos os representes das tribos que vão integrar o Conselho de Acompanhamento de Aplicabilidade da Carta Pelas Águas.

Na edição deste ano foram discutidos, entre outros temas, as políticas públicas voltadas aos recursos hídricos, o direito ao recurso e o Plano Estadual de Bacia Hidrográfica.

Os indígenas foram estimulados a participar dos Comitês de Bacias Hidrográficas da região, que abrangem os Rios dos Frades, Buranhém e Santo Antônio, além dos Rios Peruípe, Itanhém e Jucuruçu.

Desde agosto são realizadas reuniões temáticas para sensibilizar a sociedade e os povos tradicionais. Segundo informações do INGÁ, o último encontro do ano deve acontecer nos dias 4 e 5 de dezembro, em Itiúba, com o segmento Fundo de Pasto.

Fonte: Ambiente Brasil

domingo, 29 de novembro de 2009

Climagate

Marcelo Leite


E-mails roubados por hackers revelam que cientistas não são santos



A uma semana da conferência sobre mudança do clima em Copenhague, os "céticos" do aquecimento global marcaram um tento. Conseguiram meter uma cunha na credibilidade dos que defendem que ele é uma realidade e que a ação do homem ("antropogênica") é decisiva para agravar o efeito estufa.

O caso já ganhou apelido: "climagate". Hackers não identificados puseram na rede cerca de mil mensagens de e-mail e uns 3.000 documentos surrupiados de um servidor da Unidade de Pesquisa do Clima (CRU, em inglês) da Universidade de East Anglia, Reino Unido. Alguns deles realmente são, ou soam, comprometedores.
Os documentos que vieram à tona, até agora, não parecem comprovar nenhuma conspiração para passar por verdadeiros dados falsos sobre o aquecimento global antropogênico. Mas mostram que alguns adversários dos céticos não são santos.

A suspeita inicial mais grave era de manipulação de dados. Concentrava-se numa frase de Phil Jones, do CRU: "Acabei de finalizar o truque de Mike [Michael Mann] na [revista] "Nature" de acrescentar as temperaturas reais a cada série para os últimos 20 anos (isto é, de 1981 em diante) e desde 1961 para as de Keith [Briffa] a fim de esconder o declínio".

Que soa como manipulação de dados, soa. Mas as explicações sobre o contexto da frase também soam plausíveis. O blog de climatologistas pró-aquecimento RealClimate diz que se trata de compatibilizar dados de diferentes fontes (geleiras, densidade de anéis de crescimento de árvores, medidas reais etc.).

As estimativas de temperatura obtidas indiretamente por Briffa a partir das árvores divergem do registro de temperaturas reais medidas nas décadas recentes, e por isso o próprio autor recomenda que não sejam usadas. O "truque" seria só um ajuste, alegam seus defensores no RealClimate, embora sua composição com o verbo "esconder" seja para lá de suspeita.

É preciso ser ingênuo, ou ignorante de como a pesquisa científica de fato funciona, para enxergar aí um pecado mortal. Em todas as áreas de investigação pesquisadores escolhem e apresentam os dados mais favoráveis para sua tese. Criminoso seria só se escondessem medidas e informações capazes de contradizer sua conclusão (e os dados de Briffa foram publicados).

Outras mensagens indicam que os adversários dos céticos se organizavam para fechar-lhes as portas dos periódicos científicos, ao mesmo tempo em que acusavam o inimigo de não conseguir publicar artigos nas revistas reconhecidas. Feio, não é?

Ninguém consegue enganar todo mundo o tempo todo, porém. Bons estudos sempre acabam editados, mesmo que contrários ao paradigma dominante. Em especial se vierem lastreados em medidas e explicações sólidas. E está aí a internet para não deixar ninguém órfão.

De todo modo, é bom seguir o conselho da economista Megan McArdle em seu blog no sítio da revista "The Atlantic": tomar com um grão a mais de sal, de ora em diante, o argumento "ausência de publicações". Bem mais grave é outra suposta mensagem de Jones pedindo a Mann que apagasse e-mails objeto de um pedido formal de divulgação dos céticos, por meio da legislação britânica de acesso a informação. Não está claro ainda se as mensagens foram de fato deletadas, o que seria crime.

O simples fato de alguém se sentir à vontade para fazer um pedido desses por escrito sugere que os envolvidos de fato têm algo a esconder. Como, de resto, todos aqueles que acreditamos em sigilo de correspondência.
Fonte: Folha Online

Rio Pinheiros corre entre contrastes

Fonte: SPTV

Precisamos de um planeta e meio para manter gasto


Estudo alerta para o perigo de se está a gastar de mais em todo o mundo. Sobre Portugal, peritos avisam que seriam precisos quatro países iguais ao nosso para não faltarem recursos


Imagine que tem um frigorífico em casa com comida para uma semana. Só que em vez de ir poupando para se alimentar nos sete dias, come tudo nos primeiros três. Nos restantes vai ficar cheio de fome e arrepender-se do que fez. Agora é só trocar "comida" por "recursos" e "frigorífico" por "planeta Terra" e chegará à conclusão do mais recente estudo da Global Footprint Network (GFN): estamos a gastar mais recursos do que aqueles que temos. Trocando por números, precisaríamos de um planeta e meio para chegar ao fim do ano "sem fome", indicam os investigadores.

"Estamos a usar mais recursos do que aqueles que temos e isto não vai durar muito tempo", contou ao DN Willy De Backer, da GFN, que todos os anos calcula a pegada ecológica de mais de 100 países e também de toda a humanidade em conjunto. A pegada ecológica é um conceito que se tornou uma ferramenta de análise ambiental. "Os países já lhe dão uma importância ao nível do produto interno bruto", acrescenta o belga da GFN.

Os cálculos da associação incluem, obviamente, Portugal. Segundo a GFN, serão precisos quatro países iguais ao nosso para que nunca nos faltem recursos para consumir. Isto num país que tem como mais-valias apenas as pastagens e florestas, segundo o estudo.




Fonte: Diário de Notícias Online (PT)