sábado, 15 de agosto de 2009

MP aciona propriedades suspeitas de invadir leito do Tietê

Fonte: Bom dia São Paulo

Hidroelétrica marinha: ondas de energia verde

Começou a ser instalado nas costas das Ilhas Orkney, na Escócia, o primeiro protótipo em escala piloto de um novo conceito de geração de eletricidade limpa a partir das ondas do mar.Existem várias tecnologias sendo desenvolvidas para gerar energia a partir do movimento das ondas e das marés. Mas a gigantesca máquina Oyster (ostra) utiliza em mecanismo hidráulico para transferir a energia mecânica das ondas para uma instalação em terra, onde essa energia mecânica da água é usada para gerar eletricidade.

O conceito do gerador Oyster foi desenvolvido pelo professor Trevor Whittaker, da Universidade de Belfast. O primeiro oscilador, de 18 metros de largura, está sendo instalado no projeto-piloto criado com o apoio da empresa Aquamarine Power.

O oscilador possui pistões em sua parte inferior que são acionados num e noutro sentido conforme as ondas vêm e vão. Esses pistões comprimem a água em seu interior que, sob pressão, passam por dutos subterrâneos, chegando até a usina em terra. Na usina, a água sob pressão é utilizada para movimentar os geradores hidroelétricos.

Projeto simples

Embora possa parecer complicado para quem está acostumado com represas, onde a água cai por gravidade diretamente sobre as pás dos geradores, o mecanismo do gerador hidroelétrico Oyster é mais simples e mais barato do que outros projetos para gerar energia a partir das ondas ou das marés.

A principal vantagem do sistema é o pequeno número de partes móveis, que deverão minimizar a necessidade de manutenção. Apenas o oscilador metálico e os pistões ficam sob a água. Pás, engrenagens e geradores, além de todo o circuito de potência para captura da eletricidade, ficam em terra, dentro da usina.

Segundo seu idealizador, o sistema é ideal para áreas com profundidades entre 12 e 16 metros e com grande fluxo direcional de ondas, permitindo que a usina gere energia de forma contínua na maior parte do tempo.

Potencial mundial - Os riscos ao meio ambiente são mínimos, o que é garantido pelo uso da água como fluido hidráulico, em vez de óleo, que poderia causar danos caso houvesse vazamentos. O sistema também é absolutamente silencioso e não afeta a paisagem.

Embora o conceito esteja em estágio inicial de desenvolvimento, os cientistas afirmam ter localizado áreas potencialmente favoráveis ao conceito Oyster em várias partes do mundo."Nossas modelagens por computador das regiões costeiras adequadas para esta tecnologia mostram que a Espanha, Portugal, Irlanda e Inglaterra são os candidatos naturais na Europa. Mas globalmente há um potencial gigantesco em áreas como a costa oeste dos Estados Unidos e as costas da África do Sul, da Austrália e do Chile," disse o professor Whittaker.

Fonte: Ambiente Brasil

Países pobres criam bloco para exigir compromisso contra CO2

Nações pequenas e insulares temem que alguns Estados tornem-se inabitáveis com a mudança climática

Os países pobres intensificaram suas exigências para que o mundo industrializado faça mais a fim de evitar o superaquecimento da Terra,em meio a advertências de que as negociações está avançando muito devagar para atingir a meta de fechamento de um novo acordo em dezembro.

Nesta semana, delegados de 180 países digladiaram-se em torno de uma proposta de acordo com cerca de 2.500 parágrafos, frases e palavras em disputa. Eles lutaram para reduzir 200 páginas de texto confuso a um documento manuseável - mas deixaram a cidade alemã de Bonn ainda com muito trabalho pela frente.

Líderes governamentais deverão discutir os elementos essenciais do acordo durante uma reunião em Nova York, no mês que vem, seguida por um encontro das 20 maiores economias do mundo em Pittsburgh.

Com o tempo quase acabando, negociadores e lobistas expressam o temor de que o acordo não seja celebrado em dezembro, o prazo final para a adoção de um tratado que substitua o Protocolo de Kyoto de 1997.

Leia mais.

Fonte: Estadão Online

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Unidos pela sustentabilidade

Brasil, Argentina e EUA podem reduzir os impactos da produção de biocombustíveis se pesquisarem de forma integrada, dizem cientistas em workshop
Existe um amplo espaço no qual pesquisadores do Brasil, da Argentina e dos Estados Unidos podem somar esforços para compreender e reduzir impactos das tecnologias de produção de biocombustíveis sobre o uso da água e da terra. Mas, para viabilizar as colaborações, será preciso superar obstáculos como a falta de um padrão de dados que lastreie estudos comparativos, construir modelos capazes de explicar os efeitos de fenômenos complexos ou encontrar formas de analisar cientificamente correlações como as que sugerem a influência do aumento da área plantada com milho nos Estados Unidos no desmatamento da Amazônia brasileira.

Essa conclusão emergiu nas discussões finais de um workshop, encerrado hoje (13/08), que mobilizou cientistas de três países com grande interesse em biocombustíveis – enquanto Brasil e Estados Unidos são os principais produtores de bioetanol, um derivado da cana-de-açúcar e o outro do milho, a Argentina tem um enorme potencial para a produção tanto de etanol quanto de biodiesel.
“Juntos, esses países do continente americano querem definir estratégias que permitam usar ciência de alta qualidade a fim de que os recursos naturais sejam utilizados de forma sustentável”, diz Marcos Buckeridge, professor do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, coordenador do workshop. Realizado no âmbito do Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN), o evento foi organizado e patrocinado por agências financiadoras como a FAPESP, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a norte-americana National Science Foundation, além de instituições como a Universidade de São Paulo, a Universidade de Buenos Aires e a Universidade do Estado de Iowa.
“O uso da água e da terra associado à produção de biocombustíveis tem consequências sociais, econômicas e ambientais importantes, além de questões tecnológicas complexas. Novos modelos, com equipes muitidisciplinares e multinacionais, são necessários para investigar esse tema”, disse Robert Anex, professor da Universidade de Iowa.
Fonte: Pesquisa FAPESP Online

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Papel dos estados na preservação do meio ambiente é discutido em São Paulo por entidades ambientalistas

Teve início ontem (12), em São Paulo, o I Congresso da Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema). A organização espera a participação de mais de 500 pessoas durante os três dias de evento.

Na abertura foi discutido o papel dos estados na estruturação do Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama) e os desafios decorrentes da regulamentação do artigo 23 da Constituição Federal. A competência dos órgãos de licenciamento ambiental também fez parte dos debates.

Segundo o presidente da Abema, Aloysio Costa Júnior, a ação dos estados influi diretamente no cenário ambiental do país. “Somos também responsáveis por todo o processo de licenciamento de parte expressiva dos empreendimentos construídos no país”, diz. “É importante crescer e desenvolver, mas preservando e mantendo os recursos naturais de modo a atingir indicadores de sustentabilidade social, ambiental e econômica”, completa.

Aloysio Júnior destaca ainda a troca de informações entre os estados e avalia que isso vai permitir um nivelamento político, técnico e institucional muito grande.A Abeama foi fundada em 1985 e representa 48 órgãos estaduais de meio ambiente, entre secretarias de estado, autarquias e fundações.Mais informações podem ser encontradas no site:
www.congressoabema.com.br

Fonte: Ambiente Brasil

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Instituto do Ambiente do Rio multa CSN em R$ 5 milhões por vazamento

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) foi multada em R$ 5 milhões pelo vazamento de óleo que afetou, na última semana, o Rio Paraíba do Sul, em Volta Redonda, região sul do Rio de Janeiro. A decisão foi tomada na noite de segunda-feira (10) pelo conselho diretor do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que ainda aplicará multas diárias de R$ 50 mil enquanto a empresa não resolver o problema.

De acordo com o Inea, as duas punições foram estabelecidas, sobretudo, com base no Artigo 96 da Lei 3467/00, que dispõe sobre as sanções derivadas de condutas lesivas ao meio ambiente. A assessoria de imprensa da empresa informou que, “até o momento, a CSN não recebeu a notificação".

Na última sexta-feira (7), em visita a Usina Presidente Vargas, a secretária do Ambiente, Marilene Ramos, já havia determinado que a CSN contratasse uma empresa de auditoria ambiental para as investigações sobre o vazamento. O trabalho também será acompanhado por perito a ser contratado pelo Inea especialmente para esta tarefa.

Fonte: Ambiente Brasil

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Instituto de Pesca de São Paulo inaugura laboratório de análise de qualidade da água durante 3 eventos paralelos

As comemorações dos 40 anos do Instituto de Pesca da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado (IP/Apta/SAA), completados em abril, continuam. O instituto promoverá, a partir de 11 de agosto, na capital paulista, três eventos científicos com o mesmo enfoque: “Recursos pesqueiros e aquícolas: interfaces ambiental, social e econômica”. Por ocasião da abertura da 9ª Reunião Científica, nesta terça, às 16h30, o secretário João Sampaio inaugura o Laboratório de Análise de Qualidade de Água.

Trata-se de um dos únicos laboratórios no Brasil que concentra, numa única unidade, análises físicas, químicas e biológicas da água, dentro da abordagem de dar suporte à sustentabilidade ambiental das inúmeras atividades relacionadas ao meio aquático, informa o pesquisador Julio Vicente Lombardi, assessor da diretoria do IP.

Assim, a Secretaria será o primeiro órgão público qualificado a atender os diferentes setores do agronegócio, particularmente as atividades voltadas à pesca e à aquicultura, grandes dependentes da qualidade dos recursos hídricos. Mas outros também serão beneficiados: “O setor industrial, por exemplo, necessita de análises frequentes para avaliar a qualidade de seus efluentes líquidos”, diz Lombardi.

O laboratório permitirá analisar a qualidade da água antes da captação, durante a atividade (para melhorar a produção) e depois de seu uso. “Antigamente, o aquicultor se preocupava mais com a qualidade da água que chegava ao empreendimento, para dar possibilidade de se criar o organismo aquático. Todavia, não existia qualquer preocupação com a qualidade da água que saía dos viveiros de criação e que era depositada no meio ambiente”, explica. “Hoje, essa preocupação já existe e possuímos uma ideia sobre as implicações do lançamento de efluentes de cada tipo de atividade.”

O laboratório ainda deverá dar suporte às análises envolvidas nos processos de regulação do uso e ao monitoramento da água, dentro da Política Nacional de Recursos Hídricos. Assim, garantirá um sistema de informações sólido e eficiente com respeito à gestão desse recurso no âmbito nacional, afirma Lombardi. “Ele vai servir tanto para o produtor controlar o seu nível de poluição, de lançamento de efluentes, quanto para os órgãos ambientais ditarem regras sobre esse tipo de monitoramento. O laboratório tem condições de fazer análises físicas, químicas e de parâmetros biológicos, em comum acordo com a resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) 357/2005, que dita limites para esse tipo de controle.”

OS EVENTOS
Palestras e mesas-redondas fazem parte da programação da 9ª Reunião Científica e do 1º Encontro de Pós-Graduandos, até o dia 13. Resumos de trabalhos científicos estarão expostos em painéis. Já o 4º Seminário de Iniciação Científica, que ocorre até o dia 14, complementa as atividades do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica, mantido em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
O principal intuito é iniciar a vivência e interação dos jovens envolvidos no processo de formação científica, sejam do IP ou de outras instituições, em reuniões de especialistas, espaços apropriados para a exposição e discussão de informações e ideias em desenvolvimento. A ajuda de custo recebida pelos bolsistas propicia a muitos a possibilidade de dedicação integral às atividades de estudo e pesquisa.

A iniciativa conta com o apoio do Instituto Biológico (IB/Apta/SAA), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do Agronegócio (Fundepag), Faculdade Cantareira, Guabi Nutrição Animal e Escama Forte Piscicultura.

Um dos objetivos do Instituto de Pesca é demonstrar que trabalha para proporcionar tecnologia sustentável à produção de pescado, destacando seu valor econômico, respeito ao meio ambiente e atendimento às questões sociais.

Os eventos serão realizados no Parque da Água Branca (”Dr. Fernando Costa”), auditório “Paulinho Nogueira” – avenida Francisco Matarazzo, 455, São Paulo (Capital), próximo ao metrô Barra Funda. (Veja programação da Reunião Científica e do Encontro de Pós-Graduandos – www.pesca.sp.gov.br; e do Seminário de Iniciação Científica – www.pesca.sp.gov.br).

Fonte: Rede Notícia

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Um pequeno desvio

Marina Silva

NO RECENTE congresso da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembrei-me da frase de Edgar Morin que já citei aqui: no começo, as grandes mudanças são apenas um pequeno desvio de percurso.O desvio do desenvolvimento sustentável vem sendo construído no Brasil há pelo menos 30 anos, como vereda aberta à base de conhecimento novo, experimentos locais de sucesso e modelos institucionais ainda restritos, mas de grande potencial para ganhar escala nacional. Tem a consistência e a força da construção coletiva paulatina que, num determinado momento, não mais mero desvio, disputa o leito principal.

Quando a CUT foi fundada, em 1984, Chico Mendes conseguiu aprovar apenas a expressão "reforma agrária específica para a Amazônia", mas já era a cunha para mostrar o equívoco de lutar pela distribuição de terras na região segundo o modelo utilizado no Sul-Sudeste, de lotes a serem inteiramente desmatados. A nossa "reforma agrária" se ancorava na visão que defendia um modelo de exploração econômica diversificada da floresta, com base em sua manutenção, e não em sua derrubada.

Não foi um caminho fácil, mas hoje a CUT debate os temas ambientais como estratégicos para os trabalhadores e criou sua Secretaria Nacional do Meio Ambiente. E não só ela. A Força Sindical e a recém-criada Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil têm secretarias para a defesa do meio ambiente. A Confederação Sindical das Américas, fruto da fusão de várias centrais, nasceu em 2008 com uma Diretoria de Economia e Desenvolvimento Sustentável. Em âmbito global existe a Fundação Sustainlabor, que reúne sindicalistas que atuam nas causas ambientais.

Há não muito tempo, era majoritária nesse meio a tese de que a defesa do meio ambiente não se constituía em prioridade para os trabalhadores ou, até mesmo, poderia ser considerada contrária a seus interesses. Hoje, o conceito de justiça e o entendimento de melhor distribuição de riquezas incluem a qualidade ambiental. Também pesou nessa inflexão a ampliação do conhecimento sobre a conexão entre um estilo predatório e consumista de desenvolvimento e as grandes ameaças que afetam bilhões de pessoas no mundo.

No congresso da CUT, a professora Tânia Bacelar disse que "o debate sobre sustentabilidade ambiental vive uma batalha definitiva no Brasil, que estará no olho do furacão dessa discussão em todo o mundo". Creio que o país está pronto para assumir essa responsabilidade. Pelo menos a sociedade afirma insistentemente, das mais diversas maneiras, que é essa a sua vontade.

Fonte: Folha Online

domingo, 9 de agosto de 2009

Vazamento da CSN provoca derramamento de óleo no rio Paraíba do Sul

Um vazamento de óleo de uma tubulação da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) foi detectado nesta segunda-feira pelo Inea (Instituto Estadual do Ambiente). O óleo está vazando diretamente para o rio Paraíba do Sul, no sul fluminense.

De acordo com o Inea, a captação de água do rio, por enquanto, está mantida, já que não há sinais de contaminação grave. Uma equipe de técnicos da Gerência de Qualidade da Água do Instituto será deslocada hoje pela manhã para o local do vazamento para avaliar a extensão dos danos ambientais.

Ainda segundo o Inea, a CSN será multada por não ter avisado de imediato as autoridades ambientais sobre o acidente.

Esta é a segunda vez, em pouco mais de um mês, que a CSN se envolve com problemas ambientais. No fim de junho, uma espessa nuvem de fuligem de carvão cobriu grande parte da cidade de Volta Redonda, na região centro-sul do estado. A poluição foi causada por um problema no altoforno 3 da Usina Presidente Vargas.

A CSN divulgou, por meio de nota, que o vazamento da fuligem de carvão foi devido a "uma sobrepressão no topo do altoforno 3", provocando a abertura das válvulas de alívio, deixando escapar o material poluente por dois minutos e dezenove segundos. Naquela ocasião, o Inea autuou a empresa pela poluição causada à atmosfera.

Fonte: Folha Online