sábado, 10 de outubro de 2009

Rios de SP: Mauá trata apenas 4% do esgoto da cidade

Fonte: SPTV

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Uso da água divide mineradoras e Estado de Minas Gerais

O uso da água escassa do Norte de Minas abriu uma queda de braço entre o Governo do Estado e as mineradoras interessadas em explorar as jazidas de ferro da região de Rio Pardo de Minas, estimadas em 10 bilhões de toneladas - quase metade do potencial do Quadrilátero Ferrífero, que inclui 30 municípios mineiros, entre eles os da Região Metropolitana de Belo Horizonte, Itabira e Mariana, onde estão importantes minas da Vale.

As mineradoras querem construir um mineroduto - tubulação para transporte de minério de ferro - até o Porto de Ilhéus, na Bahia, mas o Governo de Minas Gerais é contra, por considerar que a solução consumiria muita água.

Para o Governo do Estado, o ideal seria a construção de uma ferrovia. A logística de transporte da produção, seja por mineroduto ou ferrovia, e a exploração do mineral vão demandar investimentos de R$ 2,4 bilhões. A polêmica veio à tona ontem, durante audiência pública sobre o projeto em Rio Pardo de Minas.

O município de Rio Pardo de Minas fica a 500 quilômetros do Sul da Bahia, onde seria feito o escoamento da produção. A construção do mineroduto custaria US$ 500 mil por quilômetro instalado. No total, seriam gastos US$ 250 milhões. Já com a estrada de ferro, o valor seria o dobro. “As empresas não são contra a ferrovia. Porém, elas só aceitarão esta possibilidade por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP)”, revela o diretor do Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais (Indi), Jamil Habib Cury. Segundo Cury, além de Rio Pardo, outras cidades da região, como Grão Mogol e Salinas, também possuem potencial mineral. Cury diz que o minério de ferro encontrado na região tem uma qualidade boa, com um teor de concentração de 42%.

No quadrilátero ferrífero, esse teor é de 60%. O diretor-presidente da Mineração Minas Bahia (Miba), Alexandre Couri Sadi, disse que a empresa vai investir R$ 1 bilhão na exploração do mineral. Segundo ele, somente nos estudos de prospecção, feitos nos últimos 3 anos, já foram gastos mais de R$ 30 milhões. Ele confirmou que as empresas estão unidas para aceitar a construção da ferrovia somente por meio de uma PPP. “É perfeitamente viável explorar o ferro encontrado na região. Precisamos do apoio do Governo para a possibilidade de uma estrada de ferro, que vai ficar muito cara. O que não vamos fazer, em hipótese alguma, é desistir deste projeto”, afirma Sadi.

A audiência pública em Rio Pardo de Minas reuniu órgãos públicos e representantes de mineradoras como Vale, Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Votorantim Metais e Miba. Na pauta de discussões, além da logística, incentivos fiscais. Rio Pardo de Minas possui 28,2 mil habitantes e fica a 681 quilômetros de Belo Horizonte.

Fonte: Ambiente Brasil

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Cobrança de água começa em 2011

Hoje, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê - Cabeceiras aprovará o processo de implantação da cobrança pelo uso da água que é produzida na Região. Mas só em 1º de janeiro de 2011 é que os maiores consumidores do recurso hídrico de fato começarão a pagar pelo que utilizam. O cadastro inicial, oriundo de um cruzamento de dados da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) apontou 2,3 mil usuários com o perfil adequado. São eles: empresas de saneamento (água e esgoto), prestadoras de serviço (caminhão pipa), indústrias e espaços urbanos privados e públicos, como hotéis, condomínios e hospitais.

Os agricultores, que desde sempre demonstraram grande preocupação com o processo de cobrança, ficaram de fora deste primeiro levantamento. Mas nem por isso escaparão da contribuição a partir de 2011. Segundo cronograma do Comitê, no ano que vem começarão as negociações com o público da zona rural. Quem de fato ficará isento e, em caráter permanente, são pessoas que extraírem menos do que 5 metros cúbicos de água subterrânea, consumidores residenciais, especialmente aqueles que se incluem na faixa de tarifa social, produtores de energia elétrica e micro e pequenos produtores. "Basicamente, o impacto da cobrança não pode ser superior a 2% do produto do usuário", explicou ontem o coordenador do grupo de trabalho de cobrança da câmara técnica de planejamento e gestão do Comitê, Jorge Rocco, em reunião extraordinária do Subcomitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, que aconteceu em Poá.

Embora oficialmente os boletos só comecem a ser enviados em 2011, o órgão garante que já em 2010 estimulará os usuários identificados a darem início imediato aos pagamentos. "A proposta é que se faça uma deliberação específica, definindo uma regra de antecipação voluntária da cobrança pelo uso da água", acrescentou Rocco.

Os valores exigidos dos consumidores serão calculados mediante a soma do volume de água captada (superficial e subterrânea), do volume do recurso hídrico não devolvido e da carga poluente lançada no corpo d’água. Os três componentes darão origem à quantia total, que poderá ser dividida em até 12 parcelas mensais. O Comitê considerará o valor de R$ 0,01 por metro cúbico de água captada, R$ 0,02 por m³ de água consumida e R$ 0,10 por m³ de água lançada.

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Fonte: Diário de Mogi

Dicas de sustentabilidade que podem durar desde os primeiros meses de vida até a vida toda

Em 1995 um dos maiores historiadores da atualidade publicou um tratado assustador sobre o século 20. Em seu livro Era dos Extremos, o britânico Eric Hobsbawm analisa toda a história dos últimos 100 anos. As guerras, os entraves raciais e religiosos, o crescimento das metrópoles e da economia mundial, tudo isso em detrimento da vida humana. "O velho século não acabou bem", escreve. Pois logo no início do século seguinte o mundo passou a assistir a uma de suas maiores crises econômicas. O modelo capitalista, que em resumo diz que, quanto mais se acumular dinheiro, melhor, não funciona mais.

A menina Isadora nasceu no dia 11 de fevereiro de 2009 no meio dessa confusão. E o que ela tem a ver com isso? Tudo. Ela é a herdeirazinha deste mundo que construímos. E, apesar da pouca idade, é Isadora quem definitivamente abriu os olhos da mãe, que assina este texto, para desejar cuidar do que constitui o mundo dela: seu pai, suas bisavós e avós, primos, a sua casa, o seu bairro, a cidade em que vive. Foi assustada pela leitura de Hobsbawm e observando o mundo de Isadora que comecei a elaborar a pauta que deu origem a esta matéria. A troca de fraldas, apesar de ser um ato mais do que trivial na vida de uma mãe, também foi um fator imprescindível para pensar no assunto que vem a seguir.

FRALDA É LIXO

Sim, fralda descartável é uma invenção bem prática, mas um horror para o planeta. Uma criança, em seus dois primeiros anos, utiliza em média 5,5 mil fraldas descartáveis - que custam à natureza cerca de cinco árvores. Uma fralda demora 450 anos nos lixões para se decompor. Para ter uma ideia, a cidade de São Paulo recolhe cerca de 13 mil toneladas de lixo todos os dias. Cerca de 230 toneladas são constituídas de fraldas descartáveis (2% do lixo é constituído de fralda descartável). Os números foram coletados pela engenheira química Bettina Lauterbach, do Rio Grande do Sul. Mãe de duas filhas, é uma das maiores ativistas do Brasil pelo retorno das fraldas de pano. Graças ao trabalho de gente como Bettina, as fraldas de pano evoluíram. Elas se tornaram práticas, ajustáveis ao corpo do nenê. Bettina, que pesquisa tecnologias para a fabricação das fraldinhas e também as comercializa, conta que as maiores inimigas em seu negócio são as avós, que sempre tentam convencer as mães que entram em sua loja a sair dali imediatamente.

Ela explica que aquelas que criaram bebês até meados da década de 1970 ainda têm na memória a pilha acumulada de panos no fim do dia. "Mas deve-se levar em consideração que as fraldas estão diferentes e o acesso às máquinas de lavar também melhorou", diz. Você pode até achar que também não é lá muito econômico para a natureza gastar água com a lavagem de panos. Mas hoje o problema do lixo nas metrópoles é muito mais alarmante do que a escassez de água. Tanto que países como Bélgica e Inglaterra incentivam - inclusive com dinheiro - os pais a optar pelo uso de fraldas de pano. Faça um teste: pergunte a sua avó ou mãe se no tempo dela as crianças deixavam a de usar fraldas mais cedo do que aquelas de hoje, o que acontece por volta dos 3 anos de idade. É provável que, puxando pela memória, ela responda que sim. É que, naquela época, os pequenos se sentiam incomodados por estarem sempre molhados, coisa que não acontece com a fralda descartável, pois a tecnologia usada para absorver o xixi o deixa longe da pele do bebê até a troca. É verdade que não é fácil para pessoas como eu, que se acostumaram a usar fralda descartável na Isadora, se adaptar à de pano. Mas vale o teste. O trabalho cresce um pouquinho, sem dúvida, mas as vantagens ambientais são recompensadoras.

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Fonte: Planeta Sustentável

América Latina é única região do mundo com superávit ecológico

América Latina é a única região do mundo que ainda tem um "superávit ecológico" e por isso deve articular as políticas adequadas para preservar seus recursos, de acordo com a apresentação, na segunda-feira (5), do livro "O Poder Ecológico das Nações".

O texto ilustra com números e estatísticas a realidade ecológica das nações, um tema que foi considerado "da mais alta importância" pelo secretário-geral da CAN (Comunidade Andina), Freddy Ehlers.

Revelou que a mudança climática pode ter um impacto em 2025 que gerará perdas por US$ 25 bilhões nos países da CAN (Bolívia, Colômbia, Equador e Peru)."Seria uma catástrofe para os países andinos. Um grau de temperatura em nível do mar equivale a seis graus nas alturas, nas geleiras, é por isso que estão derretendo", disse."Estamos diante de uma situação que não vamos poder conduzir. Se promove um modelo de vida que não é sustentável, não é possível. Houve esta trágica confusão entre crescimento e desenvolvimento", afirmou.

O livro foi apresentado na sede da CAN em Lima, por Ehlers; Antonio Cardoso Mota, chefe da Delegação Europeia no Peru; e Juan Alfonso Peña, representante de Acordo Equador.

Entre os especialistas convidados estiveram Mathis Wackernagel, diretor-executivo de Global Footprint Network; Juan Reiser, responsável do Projeto de Pegada Ecológica na Pontifícia Universidade Católica do Peru; e Arturo Alfaro, Representante do Fórum Cidades para a Vida.Antonio Cardoso Mota afirmou que para a União Europeia (UE) "esta é uma temática de importância especial", já que se trata "de uma luta de nossa geração para deixar a nossos filhos e netos um mundo melhor"."Este é um livro importantíssimo e acho que a todos nos interpela", assinalou."Queremos reforçar este componente de luta contra a mudança climática... nesta zona que tem os pulmões da humanidade", indicou ao referir-se à cooperação entre a UE e América Latina.

Mathis Wackernagel comentou que o século XXI "nos está obrigando a ver que a verdadeira riqueza da terra não está no dinheiro, mas nos recursos ecológicos".A publicação é resultado da colaboração entre a Fundação Acordo Equador e Fórum Cidades para a Vida, com o apoio da Secretaria-Geral da CAN e a Comissão Europeia, através do projeto SOCICAN (Ação com a Sociedade Civil para a Integração Andina), e Global Footprint Network.

Fonte: Folha Online

terça-feira, 6 de outubro de 2009

domingo, 4 de outubro de 2009