sábado, 16 de maio de 2009

Eventos naturais ou provas do aquecimento global?

Fábio Feldmann

Novamente os noticiários mostram imagens chocantes de chuvas e alagamentos no Brasil. O filme visto em Santa Catarina em fevereiro deste ano, desta vez se passa no Nordeste do país, mais especificamente nos estados da Bahia, Maranhão, Piauí e Ceará, onde as chuvas já fazem 42 vítimas e deixam mais de 200 mil pessoas prejudicadas.

A seca, por sua vez, rotineiramente discutida quando se trata dos problemas do Nordeste, agora é protagonista nos terrenos do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, nos quais 196 e 108 municípios, respectivamente, estão em estado de emergência pela falta de chuvas. O pantanal mato-grossense também pode ser um exemplo já que experimenta em 2009 o período mais seco dos últimos 35 anos.

Insisto em escrever sobre este tema - o aquecimento global, pois os fatos ocorridos ultimamente estão se tornando corriqueiros e comprovando as projeções científicas. Embora não possamos responsabilizar o aquecimento global diretamente pelos ocorridos, dada a sempre existente possibilidade de ser um evento natural, ficam cada dia mais evidentes as conseqüências deste fenômeno. O IPCC - Painel Intergovernamental de Mudanças do Clima, já alertava em seu último relatório de 2007 o provável aumento de enchentes e a modificação dos padrões de precipitação que afetariam inclusive o suprimento de água.

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Fonte: Terra Magazine

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Caderno especial de Sustentabilidade do Estadão: um 'novo PIB' em gestação

Andrea Vialli

Após anos de críticas à forma usada para medir o Produto Interno Bruto (PIB), organismos internacionais devem receber no próximo mês um relatório com sugestões para mudar os parâmetros de cálculo do desempenho econômico dos países. Em época de crise financeira e desaceleração da economia no mundo, a proposta é elaborar um indicador que, além de somar a atividade econômica, considere as condições de vida da população e índices relacionados a sustentabilidade e preservação de recursos naturais.

"A crise colocou em xeque muitos conceitos, entre eles o de que crescimento econômico se traduz em bem-estar", avalia Ricardo Young, presidente do Instituto Ethos.

Uma das ideias de revisão do PIB está em andamento desde meados do ano passado. O presidente da França, Nicolas Sarkozy, encomendou a um grupo de 27 renomados especialistas, entre eles os ganhadores do prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz (2001) e Amartya Sen (1998), uma reforma da métrica. Matemáticos, estatísticos, economistas ambientais e estudiosos da pobreza reforçam o time, que ficou conhecido como Comissão Stiglitz-Sen.

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Fonte: Estadão Online

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Empresas investem em programas de sustentabilidade

Fonte: Fantástico/Vozes do Clima

Pesquisa em saneamento

A FAPESP e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) assinaram, na tarde desta terça-feira (12/5), em São Paulo, um acordo de cooperação para desenvolvimento de pesquisas aplicadas no setor de recursos hídricos e saneamento.

O acordo prevê um investimento de até R$ 50 milhões, sendo metade de cada instituição, ao longo de cinco anos, voltados para o financiamento de projetos propostos por pesquisadores de universidades e institutos de pesquisa paulistas e da empresa de saneamento. As chamadas de propostas serão divulgadas nos próximos dias.

O evento de assinatura do acordo, realizado na sede da FAPESP, foi aberto por Celso Lafer, presidente da Fundação, seguido por Carlos Vogt, secretário de Estado de Ensino Superior, Dilma Seli Pena, secretária de Estado de Saneamento e Energia, Gesner Oliveira, presidente da Sabesp, e Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP.

Fonte: Meio Filtrante

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Pesquisa de valores dos moradores de conjuntos da CDHU abre espaço para sustentabilidade

Maior espaço para jardins e áreas verdes, locais para desenvolver coleta seletiva e elementos arquitetônicos que deêm mais segurança e privacidade são algumas das sugestões que um grupo de urbanistas fizeram à Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) do governo do estado de São Paulo.

"Recomendamos que alguns itens sejam substituídos para implementar outros que a população valoriza mais," disse a coordenadora da pesquisa Doris Kowaltowsky da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Unicamp.

O projeto foi custeado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) do governo federal por meio do programa Habitare e envolveu a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade de São Paulo - São Carlos e a Universidade Federal de Pelotas.

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Fonte: Revista Sustentabilidade

terça-feira, 12 de maio de 2009

Estiagem paralisa hidrelétricas no Estado do Rio Grande do Sul

A falta de chuvas que acomete as regiões norte e nordeste do Rio Grande do Sul forçou a paralisação e a diminuição do ritmo de produção de 12 usinas hidrelétricas. A estiagem deixou os níveis dos reservatórios em parâmetros mínimos, exigindo o desligamento das turbinas. É o caso da Usina Hidrelétrica de Machadinho, segunda maior em operação do Estado, que fica sob o leito do Rio Uruguai, na divisa com Santa Catarina. Como o manancial está 14 metros abaixo do normal, fez-se necessária a interrupção na geração de energia.

A usina tem capacidade para produzir 1.140 megawatts, o suficiente para abastecer cerca de 25% da demanda do Estado. Para evitar o risco de suspensão no fornecimento de eletricidade, a região Sudeste do Brasil está produzindo mais e distribuindo para o Sul. O Operador Nacional do Sistema Elétrico é o responsável por controlar estas ações. Na semana passada, já havia sido determinado o aumento da geração de energia nas usinas térmicas e o acréscimo da compra de gás boliviano. As medidas estão garantindo que milhares de gaúchos não precisem recorrer às velas para iluminar os cômodos das casas durante a noite. A Usina Hidrelétrica de Itá, também no Rio Uruguai, produz somente 12% da sua capacidade de 1.450 megawatts. As águas da região estão 3,35 metros abaixo do nível normal. Das 11 usinas existentes no Rio Jacuí, quatro com grandes reservatórios seguem operando, enquanto sete pequenas estão quase inertes.

A seca também prejudica o abastecimento da população. Já são 182 municípios gaúchos em situação de emergência. A Defesa Civil calcula que um milhão de pessoas são afetadas. Em Erechim e São Valentim, os reservatórios que eram utilizados para captação de água pela Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) estão completamente secos. Restou apenas o solo árido e rachado, com exíguas poças d'água.

Fonte: Estadão Online

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Balanço final: as lições do quadro Vozes do Clima

Fonte: Fantástico

Projeto recupera Rio das Velhas em Minas Gerais

Pescador por hobby, João Pereira se alegra com a volta de peixes no Rio das Velhas, principal afluente do São Francisco. A situação testemunhada por ele em sua fazenda, a 800 metros do rio, em Baldim (MG), era bem diferente há dois anos. Um dos principais projetos envolvidos na recuperação da bacia do Rio das Velhas é o Manuelzão, da Universidade Federal de Minas Gerais, que concilia trabalho científico e mobilização de empresas, governos e sociedade.

Neste mês, o projeto organiza a Expedição pelo Velhas 2009 - Encontros de um Povo com sua Bacia, que começou na última sexta e vai até 6 de junho. Haverá atividades culturais, navegação, educação ambiental, oficina, debates e miniexpedições. O objetivo da expedição é integrar as diferentes culturas da região. “O Rio das Velhas nos deu régua e compasso para fazermos um movimento amplo de mudança”, diz o fundador e coordenador do projeto, Apolo Heringer Lisboa. Ele considera que foram alcançados bons resultados, mas muito precisa ser feito.

Em 2003, o projeto organizou a Expedição Manuelzão, que percorreu os 804 quilômetros do curso d’água e mobilizou moradores dos 51 municípios da bacia para a importância de recuperar o rio. A iniciativa resultou na Meta 2010, com o objetivo navegar, nadar e pescar no Rio das Velhas, em sua passagem pela região metropolitana de Belo Horizonte, até o ano que vem. Segundo o secretário do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas, José Carlos Carvalho, os investimentos para a recuperação da bacia somam R$ 1,4 bilhão - R$ 600 milhões já foram investidos e o restante será aplicado até 2010.

Fonte: Agência Estado

domingo, 10 de maio de 2009

O lixo das ruas acaba nos rios da cidade

Fonte: SPTV

Fehidro destina R$ 1,9 mi à região de Ribeirão Preto para 2010

A Bacia Hidrográfica do Pardo (BHP), que inclui Ribeirão Preto, receberá R$ 1.966.800 do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro) este ano para projetos de melhoria e recuperação de águas. As prefeituras tem até o dia 25 deste mês para apresentarem seus projetos.

Desse montante, que será acrescido de outros R$ 705 mil remanescentes da verba estadual do ano passado, Ribeirão deve solicitar projetos orçados em até R$ 575 mil (o pedido terá contrapartida de 20% da Prefeitura, o que reduz a fatia pedida para R$ 460 mil). No ano passado, o município recebeu autorização do Conselho Estadual de Recursos Hídricos para receber R$ 324 mil do Fehidro.

O dinheiro é repassado sempre no ano seguinte ao da liberação por causa do trâmite burocrático. A Prefeitura de Ribeirão planeja dividir o recurso entre pelo menos três órgãos municipais. As secretarias de Meio Ambiente e de Educação entregarão até segunda a proposta de captação para o programa Educação Ambiental para o Proteção e Defesa do Aquífero Guarani, estimado em até R$ 225 mil. Já o Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto (Daerp) pretende investir R$ 350 mil na compra de 61 medidores de vazão de poços.

“Recebemos agora a verba do ano passado e ela já está sendo utilizada dentro dessa modernização da automação via rádio para controle de perdas. Para esse, vamos atuara nesse mesmo sentido”, disse Tanielson Campos, superintendente do Daerp. Para Campos, não haverá problema em Ribeirão obter sozinha 23,3% das verbas destinadas a 27 município da Bacia do Pardo. “Existem municípios com dívidas pendentes e que estão impossibilitado de receber recursos. Outros não tem projeto pronto, ou não tem os 20% da contrapartida. Com isso, as maiores acabam pleiteando mais”, afirmou Campos. Segundo Renato Crivelenti, diretor-adjunto do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) e secretário executivo adjunto do comitê de bacia do Pardo (CBH-Pardo), os formulários para as prefeituras já estão disponíveis.“Todos os municípios participantes do comitê têm direito de captar recursos nessa distribuição de verbas. Basta ter um projeto que leve em conta os recurso hídricos e a gestão da bacia hidrográfica”, informou Crivelenti.

Fonte: Gazeta de Ribeirão