Uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas, a pedido do Instituto Trata Brasil, aponta que apenas 39,58% das escolas brasileiras têm acesso ao serviço de coleta de esgoto.
O estudo “A Falta que o Saneamento Faz” ainda revela que a falta de saneamento pode afetar o rendimento, reduzindo 18% o aproveitamento escolar das crianças.
Cerca de 200 crianças morrem por mês no Brasil em decorrência de doenças relacionadas à falta de saneamento, segundo um outro estudo realizado pelo Instituto, em 2008. As mais afetadas são as crianças entre 1 e 6 anos de idade.
“Enquanto alguns cogitam programas como o ''um computador por criança'', inspirado na iniciativa americana OLPC (One Laptop Per Child), propomos a iniciativa ''PDF - uma privada decente por família'', destacou o coordenador do Centro de Políticas Sociais da FGV, Marcelo Neri.
A situação mais preocupante acontece em Porto Velho (RO), onde apenas 9,3% das escolas contam com o serviço. Macapá (AP) e Boa Vista (RR), também figuram nas últimas colocações do ranking brasileiro de escolas sem coleta de esgoto, com 14,9% e 31,4%, respectivamente.
A capital mineira, Belo Horizonte, lidera a lista, 99,6% das instituições de ensino estão ligadas à rede de esgoto. Vitória (ES), conta com 97,7%; Rio de Janeiro (RJ), 97%; e São Paulo aparece em sexto lugar, com 93,7% das escolas conectadas.
Para a realização da pesquisa, foram avaliados os dados do último Censo Demográfico, da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), do Censo Escolar e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2008.
Fonte: Ambiente Brasil