Em épocas de pouca chuva como agora, o Rio Marrecas praticamente seca. Vistos por muitos como o grande salvador para o problema da falta de água, a perfuração descomedida de poços artesianos pode trazer sérios danos ao abastecimento de recursos hídricos. Dos cerca de 8.000 poços perfurados na região Sudoeste (Estado do Paraná), estima-se que apenas 1.100 estejam legalizados. Segundo explica o chefe do escritório regional da SEMA (Secretaria do Estado de Meio Ambiente) da região do Baixo Iguaçu (que alberga 51 municípios), Marcos Aurélio Slongo, os poços ilegais são o grande vilão para a falta de água que assola o Sudoeste. Problema foi construído ao longo da história “O uso desordenado da água se dá no período de seca que estávamos vivendo em janeiro, onde os agricultores reclamavam, mas passávamos nos postos de lavagem de carro e constatávamos que alguns lavavam os automóveis cinco vezes por semana.
Lavagem desnecessária, cinco banhos por dia que duram meia hora, as pessoas não dão o devido valor que a água merece, pois somos um país abundante, mas lá na frente isso vai repercutir”, comenta Marcos. “Os agricultores sofrem por não terem protegido suas fontes ou o rio que passava em suas propriedades, eles não têm como conseguir o uso dessa água por que muitas vezes é oneroso fazer uma irrigação na sua propriedade e acaba pagando pela falta de chuva, mas este é um problema que foi construído ao longo da história e que as pessoas devem se dar conta que ele existe e começar a modificar suas atitudes”, explana.
Fonte: Aqui sudoeste