domingo, 15 de fevereiro de 2009

Devastação avança pela Cantareira

Eduardo Nunomura

A Cantareira é a Amazônia paulista. A mata atlântica vai virando carvão para pizzarias e caldeiras, vendida a preços módicos. Os angicos, os manacás, os jerivás e outras árvores nativas valem menos do que o eucalipto. Ironia. Aos poucos, donos de terra substituem a floresta pela espécie exótica. Se são flagrados cometendo esse crime, a pena vai de uma advertência a 3 anos de prisão - invariavelmente substituída por cestas básicas ou serviços à comunidade.
É o que deve ocorrer com João Cardoso, de 75 anos e dono de 157.300 mil metros quadrados na zona rural de Mairiporã. Há menos de um ano, ele iniciou o corte da mata atlântica. Plantou primeiro um milharal e em volta dele pés de eucalipto. Na sexta-feira, o tenente Emerson Anderson di Francesco, da Polícia Ambiental, e sua equipe flagraram o crime ambiental. Cerca de 30 mil m² de mata nativa haviam sido cortados. "O mato fica aqui, cai o pau, apodrece e não serve para nada. O eucalipto, eu corto e levo na firma para ganhar um dinheiro", explica Cardoso. A propriedade foi embargada, uma vez que não havia licença para fazer o corte.
Leia mais, clicando aqui.
Fonte: Estadão 15/02/2009