quinta-feira, 23 de abril de 2009

Estudo analisa conjuntura atual da pecuária na Amazônia Legal

Thais Iervolino

O grande financiamento do poder público destinado à pecuária (R$ 34 bilhões nos últimos 16 meses) e a falta de crédito para intensificação e recuperação de pastos. Essas duas questões, aliadas às contradições de um mercado global que estimula a demanda por carnes e ao mesmo tempo preocupa-se com mudanças climáticas causadas pelo desmatamento foram os principais motivos para fazer da Amazônia Legal o “Reino do Boi Pirata”. É esse contexto que mostra o estudo A hora da conta – Pecuária, Amazônia e Conjuntura, recém-lançado pela organização Amigos da Terra – Amazônia Brasileira.

Aprofundando a análise já iniciada no estudo O Reino do Gado, divulgado em janeiro de 2008 pela mesma organização, a pesquisa apresenta riscos e oportunidades para influenciar a dinâmica da atividade, seja na Amazônia, seja, mais em geral, no Brasil. Os autores do estudo, Roberto Smeraldi e Peter May, enfatizam que o processo de expansão da pecuária na Amazônia Legal avaliada no O Reino do Gado continuou no ano 2008, apesar de um pequeno recuo devido ao abate de matrizes que ocorreu no auge da demanda para carne no mercado internacional. As pesquisas para o trabalho foram realizadas com a colaboração da Scot Consultoria Ltda., que atua junto ao setor de carne e derivados no Brasil, sendo responsável por um dos mais completos bancos de dados sobre o setor no país. Além da contribuição da Scot, o estudo contou com uma revisão técnica por parte de Judson Valentim, chefe Geral da Embrapa-Acre.

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Fonte: Amigos da Terra Amazônia