segunda-feira, 22 de junho de 2009

IF conclui mapeamento da cobertura vegetal nativa da Bacia Hidrográfica do Guarapiranga

Metade da área da Bacia Hidrográfica do Guarapiranga mantém sua cobertura vegetal nativa. Em termos de Áreas de Proteção Permanente – APPs que fazem parte da Bacia, essa preservação chega a quase 60%, atualmente. Estes são alguns dos principais dados revelados no mapeamento recém-concluído pelo Instituto Florestal – IF, órgão vinculado a Secretaria Estadual do Meio Ambiente – SMA, que detalhou números e informações diversas e atualizadas sobre a vegetação natural remanescente e APPs na Bacia, que servirão para subsidiar a SMA na aplicação do decreto regulamentador da Lei Específica do Guarapiranga, assinada em 2008.

A Bacia Hidrográfica do Guarapiranga possui uma superfície de 63.780 hectares e abrange, além de parte da capital, os municípios de Cotia, de Embu, de Embu-Guaçu, de Itapecerica da Serra, de Juquitiba e de São Lourenço da Serra. A área com vegetação natural remanescente mapeada foi de 31.914,41 hectares, que corresponde a 50,0 % da superfície da bacia. A vegetação levantada em APP, ao longo de cursos e corpos d´água e nascentes, foi de 9.812 ha, ou 58,8% das APPs da bacia. Outros 41,2% de APP estão ocupados com outros usos, como reflorestamento, ocupação urbana e algumas áreas com cultivo.

Os trabalhos realizados pelo IF tiveram início em dezembro de 2008 e foram finalizados em março de 2009. O mapeamento baseou-se em imagens orbitais do satélite QuickBird, sendo efetivado na escala 1:10.000, onde pode-se visualizar até uma árvore isolada. Os dados irão subsidiar o licenciamento, a fiscalização e a regularização ambiental das atividades no território da Bacia, já que o mapeamento delimita as áreas de restrição à ocupação previstas no Decreto 51.687, que regulamentou a Lei Específica do Guarapiranga, além das do Código Florestal e das demais normas referentes à vegetação.

A legenda utilizada para classificação das formações vegetais baseou-se nas proposições do Projeto RADAMBRASIL, de acordo com unidades fisionômico-ecológicas da cobertura vegetal natural, sendo encontradas Vegetações Secundárias da Floresta Ombrófila Densa em estágio inicial de regeneração, em estágio médio de regeneração e em estágio avançado de regeneração, assim como Formação Arbórea / Arbustiva-Herbácea em Região de Várzea e Campo Natural.

Além dos dados já citados, este mapeamento na Bacia do Guarapiranga mostra ainda, por exemplo, com relação ao município de Embu, a menor cidade entre as sete abrangidas, que dos 4.070,49 hectares do município inseridos na Bacia, cerca de 1.600 hectares, ou 40%, apresenta cobertura natural remanescente. Por outro lado, São Paulo, o maior município, com 23.300 hectares fazendo parte da Bacia, apresenta 9.300 hectares, também 40% de sua área contribuinte, com cobertura vegetal nativa. Considerando suas extensões territoriais dentro da Bacia do Guarapiranga, o município que apresenta maior cobertura vegetal nativa é São Lourenço da Serra, com 78%, equivalentes a 2.570 hectares.

Fonte: SMA