quinta-feira, 9 de julho de 2009

A quantas anda o saneamento?

Pesquisa da Trata Brasil em parceria com a Fundação Getúlio Vargas avalia os impactos sociais do quadro de saneamento no Brasil. Diariamente, são despejados no ambiente 5,4 bilhões de litros de esgoto sem qualquer tratamento, comprometendo a saúde pública
A concentração de pessoas em pequenas áreas - 85% dos brasileiros estão na cidade e, destes, 31% nas metrópoles - como acontece no país, causa problemas muito conhecidos, como o trânsito caótico e aumento da violência. Mas uma das vantagens dessa distribuição seria o tratamento de esgoto adequado, por proporcionar economia de escala, de escopo e de rede.
Essa é a opinião do professor Marcelo Neri, chefe do Centro de Políticas Sociais da FGV – Fundação Getúlio Vargas e coordenador do estudo que analisou a oferta e a qualidade desse serviço em nível nacional, Trata Brasil: Impactos Sociais na falta de Saneamento nas maiores cidades brasileiras. “Devia ser relativamente barato ofertar esgoto nessas condições, mas estamos vivendo no século 21, como se estivéssemos no século 19”.Na realidade, a prestação do serviço não é satisfatória. Dados da pesquisa, que analisou o saneamento nas 79 maiores cidades do país de 2003 a 2007, mostram que a taxa de cobertura de rede geral de esgoto do país é de 49,44%. Nas escolas, a situação é ainda pior: o índice é de 39,27%, de acordo com dados de 2007 do Censo Escolar, variando entre os 9,24% de Porto Velho, em Rondônia, aos 100% de Franca e de Santos, em São Paulo.


Fonte: Planeta Sustentável