quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Flutuador do Tietê no Jornal Nacional

Diariamente o Tietê recebe mais de 1 bilhão de litros de esgoto não tratado. O flutuador tem microcâmeras, GPS para dar a localização e o sensor que mede o nível de oxigênio da água.

As águas do Rio Tietê, em São Paulo, receberam, nesta terça-feira, um equipamento que pode significar o início de uma espécie de renascimento. O repórter Carlos Tramontina explica por quê. O flutuador foi colocado na água na cidade de Biritiba Mirim logo depois da nascente do Tietê. Um guardião cuida do equipamento. Num caiaque, o aventureiro Dan Robson vai acompanhar todo o trajeto. Dan usa uma roupa especial para se proteger nos trechos mais poluídos. Dos 1,1 mil quilômetros do Tietê dentro do estado de São Paulo, o flutuador vai percorrer 500km e passar por 30 municípios.

A viagem vai durar cerca de um mês. O Rio Tietê nasce em Salesópolis, a quase 100 km da capital. Neste lugar é apenas um filete de água, por isso o flutuador foi lançado em Biritiba Mirim, a cidade mais próxima, onde o volume de água do rio é bem maior. Neste ponto, o Tietê é limpo, não tem nenhum tipo de contaminação por resíduos industriais ou domésticos. Mas a gente vai ver que à medida que o rio atravessa a região metropolitana de São Paulo torna-se completamente poluído.

Todos os dias vão parar no Tietê mais de 1 bilhão de litros de esgoto não tratado. Sujeira que acaba com a vida no rio. O flutuador lançado nesta terça-feira no Tietê foi produzido no Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo. Dentro dele há duas microcâmeras para filmar tudo, o GPS para dar a localização e o sensor que mede o nível de oxigênio da água. “A maioria das pessoas sabe que se tem oxigênio tem vida. Se não tem oxigênio não tem vida”, disse a química, Tereza Costa.

Fonte: Jornal Nacional