O secretário-executivo das Nações Unidas para o clima, Yvo de Boer, defendeu nesta terça-feira (8) que Brasil, China e Índia - os países mais ricos do do grupo de nações em, desenvolvimento- também devem ter acesso ao financiamento de ações contra mudanças climáticas.
A questão é polêmica e existe uma corrente entre negociadores das nações ricas que defende a exclusão destes países do grupo dos em desenvolvimento, por terem saído "fortalecidos" da crise econômica mundial.
"O dinheiro deve ser concentrado em projetos em todos os países pobres e em desenvolvimento. Os grandes países (em desenvolvimento) também devem ter acesso, mas isso vai depender de cada projeto apresentado", afirmou Boer.
O negociador da União Europeia, Arthur Runge-Metzger, porém, confirmou que a primeira opção da União Europeia é repassar recursos públicos aos países mais pobres, já que economias emergentes como Brasil e China já estariam recebendo a maior parte dos recursos levantados com créditos de carbono.
"Por que deveríamos dar mais dinheiro a estes países se eles já recebem grande parte dos projetos de MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo)? Talvez seja melhor você perguntar o que os países mais pobres acham disso", respondeu o negociador a uma jornalista brasileira na entrevista coletiva do bloco.
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Fonte: Ambiente Brasil