sexta-feira, 29 de maio de 2009

São Paulo será o primeiro Estado brasileiro a assinar pactointernacional em defesa das águas

Tratado criado em Istambul, durante Fórum Mundial da Água, já possui 250 assinaturas degovernos de todo o planeta, mas nenhuma do Brasil
Na próxima terça-feira (02.06), em comemoração à Semana do Meio Ambiente, o Estado de São Paulo assumirá um papel pioneiro na defesa das águas do país, quando adere ao documento Consenso da Água. Trata-se de um pacto criado em março deste ano, em Istambul, na Turquia, durante o 5º Fórum Mundial da Água, onde 250 representantes de governos locais e regionais se comprometeram a cumprir metas e elaborar um plano de ação para alcançar uma gestão sustentável dos recursos hídricos, garantindo soluções para as atuais crises globais de escassez de água e falta de saneamento.

Até o momento, nenhum governo, local ou regional, brasileiro assinou ao Consenso. O Estado de São Paulo, que já é reconhecido por implantar ações inovadoras na gestão dos recursos hídricos, como a criação da Política Estadual de Recursos Hídricos, a implantação dos Comitês de Bacias Hidrográficas, e o financiamento de 4.400 projetos para recuperação ou conservação das águas investindo cerca de R$ 420 milhões através do FEHIDRO, assumirá mais este desafio em um ato chamado de “Pacto das Águas São Paulo”.

Para a efetivação e êxito desse pacto será necessária a adesão em massa dos municípios paulistas. Por isso, na terça-feira, os secretários do Meio Ambiente, Xico Graziano, e de Saneamento e Energia, Dilma Pena, se reúnem, na cidade de Bocaina, com todos os prefeitos interessados em aderir ao pacto e assumir esse desafio pela defesa das águas paulistas. Espera-se, neste dia, conseguir um número de adesões maior do que o conquistado em todo o mundo durante o Fórum em Istambul.

O município que assina o Pacto das Águas se compromete a fazer um diagnóstico dos recursos hídricos de seu entorno e das condições de saneamento, traçar metas e colocar em prática um plano de ação. Todo o trabalho será orientado pelas secretarias estaduais. Em 2012, na próxima edição do Fórum Mundial das Águas, estes governos levarão ao evento os resultados obtidos desde a assinatura do pacto.


Fonte: SMA