Quem é – e como trabalha – o profissional responsável por colocar temas como meio ambiente e relações com a sociedade na agenda dos negócios
Quatro anos atrás, uma das grandes batalhas dos headhunters no Brasil era encontrar executivos de finanças. Em menor escala, mas com ainda maior dificuldade, os caçadores de talentos estão agora iniciando uma nova maratona. Diante de uma agenda de negócios que foi invadida por temas antes periféricos, como meio ambiente e relações com a sociedade, o desafio agora é encontrar pessoas para a área de sustentabilidade.
Esse processo está no começo, mas vem ganhando força
Estima-se que pelo menos 50 grandes empresas no Brasil já têm ou estão procurando profissionais para ocupar diretorias ou vice-presidências de sustentabilidade. E a expectativa é que esse número cresça rapidamente.
Mas por imaturidade desse mercado, o perfil dos novos gestores ainda está em definição. De forma geral, sua função é dar assessoria às outras áreas da organização, de modo que as questões ambientais e sociais sejam incorporadas aos processos. “Sua grande habilidade deve ser a negociação interpessoal”, afirma Carlos Guilherme Nosé, diretor da Fesa, empresa de recrutamento de altos executivos.
Uma pesquisa da Korn/Ferry, maior consultoria de recrutamento do mundo, tenta definir de maneira mais precisa as características desse novo gestor. Levantamento qualitativo feito com 11 executivos e ao qual Época NEGÓCIOS teve acesso com exclusividade mostra que a capacidade de compreender o negócio de forma holística está entre as principais competências. “Mais do que enfrentar questões pontuais de meio ambiente, o profissional tem de ter visão de toda a cadeia de produção”, afirma Silvia Sigaud, sócia da Korn/Ferry Brasil e coautora do estudo. “Não basta ser idealista. É preciso mostrar resultados concretos.”
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Fonte: Época Negócios