domingo, 25 de outubro de 2009

Brasil aumenta representação no Conselho Mundial da Água

O Brasil ganhou mais espaço no Conselho Mundial da Água (World Water Concil – WWC). Criado em 1996 como uma plataforma multissetorial, com representantes de governos; academia; organizações não governamentais, usuários de água e pesquisadores, o WWC passou a ter dois diretores da ANA em seu quadro de dirigentes.

Benedito Baga foi reeleito como vice-presidente da entidade e Paulo Lopes Varella como “governador”, denominação dada aos que ocupam uma cadeira no conselho. Com a nova configuração, o Brasil continua como único representante da América do Sul e passou a ser o único da América Latina com dois dirigentes no WWC.

O México é outro país latino americano que também possui uma representação.“Isso mostra o aumento da importância do Brasil no cenário internacional e em uma entidade de peso como o WWC. A ANA conseguiu um feito importante na eleição do novo colegiado”, comenta o diretor da ANA Benedito Braga.

A Assembléia Geral do WWC foi realizada entre os dias 14 e 16 de outubro em Marselha, na França, onde fica a sede do WWC. Durante o encontro, com mais de 280 membros do Conselho, foram eleitos 36 diretores entre 74 candidatos. O atual presidente, o francês Loïc Fauchon, também foi reeleito. Junto com Braga, Fauchon integra a diretoria executiva do Conselho. O mandato de Braga como diretor da ANA expira no final do ano.

Por isso, ele foi eleito como representante do colegiado dos membros da Academia, posto para o qual foi mais votado. Braga é professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP). O mandato dos dirigentes é de três anos, de forma que cada grupo eleito é responsável pela organização do Fórum Mundial da Água, maior encontro de discussão sobre recursos hídricos, realizado pelo WWC a cada três anos.

O diretor da ANA Paulo Varella, foi eleito para a vaga de Braga no grupo dos representantes de entidades governamentais, onde recebeu o segundo maior número de votos, depois do representante da China. Varella lembra que o aumento da importância do Brasil em fóruns internacionais é resultado do fato de o País ter a maior reserva de água doce do mundo. “O WWC é um ambiente onde se discute temas da maior relevância no cenário global.

O conselho tem um desafio muito importante que é colocar o tema água na agenda política mundial uma vez que não uma economia não se desenvolve se não houver gestão adequada de seus recursos hídricos”, afirma.De acordo com Varella, sua eleição garante a continuidade do trabalho da ANA no WWC. “Vamos continuar interagindo com os outros países, especialmente trocando experiências e aprendendo”, diz ele, acrescentando que os próximos passos que dará como representante da Agência no Conselho é manter a liderança ao lado dos demais países da América do Sul. “Muitos países ainda não têm suas agências reguladoras de recursos hídricos estruturadas e o Brasil é também citado como exemplo entre eles. Portanto, temos muito a contribuir”, acrescenta.

Fonte: Pantanal News