sexta-feira, 3 de julho de 2009

As novas do brasileiro e o meio ambiente

Luís Fernando Guedes Pinto

Duas recentes pesquisas de opinião apontaram tendências do comportamento dos nossos cidadãos em relação a questões ambientais. De maneira complementar, um estudo acadêmico colocou um pouco de luz a respeito dos resultados da certificação socioambiental. Vamos aos resultados!

Na primeira pesquisa, realizada pelo Datafolha, a pedido da Amigos da Terra Amazônia Brasileira, os brasileiros das grandes metrópoles disseram em coro que não trocam a destruição da floresta amazônica pela riqueza gerada de maneira inconseqüente pela produção agropecuária. A maioria absoluta (94% dos entrevistados) afirmou que o desmatamento no País deve parar já. Mais de 90% desejam uma legislação rigorosa e não aceitam novas anistias que podem resultar em desmatamentos ou na impunidade dos responsáveis pelo corte de nossas florestas. A maioria das pessoas quer que o governo assuma o seu papel de garantir o cumprimento da legislação ambiental e a conservação das nossas matas. Ao final, sinalizam que mandarão este recado para as urnas nas eleições de 2010.

Brasileiros e o meio ambiente - A preocupação e o compromisso dos brasileiros com o meio ambiente foi confirmada em uma pesquisa publicada em seguida, pelo mesmo Datafolha, também a pedido da Amigos da Terra Amazônia Brasileira. Desta vez, o recado foi o de que os cidadãos querem saber a origem dos produtos que consomem e se eles contribuem para o desenvolvimento sustentável ou para a degradação socioambiental.

A certificação socioambiental voluntária e independente foi apresentada como uma forma de garantia e os entrevistados declararam estar inclinados a comprar produtos certificados e estão dispostos a pagar mais por produtos com uma origem responsável. Houve um avanço no conhecimento público dos sistemas de certificação existentes, mas este ainda é pequeno para o tamanho do desafio de fazer uma escolha em frente a uma prateleira de supermercado, na loja de móveis ou de material de construção.

Saiba mais.

Fonte: Ecofinanças